Osborne quer baixar IRC para amortecer choque económico do "Brexit"

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De  Patricia Cardoso com REUTERS, LUSA, EFE, AFP
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O governo britânico quer reduzir os impostos para as empresas para manter o país atrativo e evitar fuga de capitais após o “Brexit”.

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O governo britânico quer reduzir os impostos para as empresas para manter o país atrativo e evitar fuga de capitais após o “Brexit”.

O ministro das Finanças, George Osborne, revelou ao Financial Times que quer colocar o IRC abaixo dos 15%, mas não avançou datas.

Atualmente, a taxa de IRC é de 20% e Londres pretende baixá-la para 17% em 2020.

A concretizar-se, o Reino Unido iria aproximar-se da Irlanda, onde a taxa é de 12,5%, a mais baixa da Europa.

Britain open for business: lower business taxes, support for bank lending, infrastructure investment, more trade with China + rest of world

— George Osborne (@George_Osborne) July 4, 2016

O analista Michael Hewson estima que “Osborne tem de pensar de forma ampla, não só no corte dos impostos às empresas, mas também da contribuição autárquica sobre imóveis. É um encargo significativo para pequenas e grandes empresas no Reino Unido. É preciso olhar também para os potenciais gastos com infraestruturas no futuro”.

Segundo Pascal Lamy, antigo líder da Organização Mundial do Comércio (OMC), começar com o corte dos impostos não seria a melhor forma de iniciar negociações com a UE. Já Emmanuel Macron, ministro francês da Economia, estima que “o corte dos impostos para as empresas não deveria ser a prioridade do governo britânico”.

O choque do “Brexit” poder arrastar a economia britânica para uma recessão. Num primeiro sinal, o índice PMI do setor da construção registou, em junho, a maior contração em sete anos.

O índice baixou para 46 pontos, contra 51,2 pontos em maio.

A pressão no setor imobiliário é forte. Segundo um estudo de Casa.it, nos dias dias que se seguiram ao referendo, o valor dos imóveis em Londres baixou 5,5% e a procura diminuiu 19%.

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