Cimeira de Varsóvia: NATO lança pacote de apoio à Ucrânia

Um pacote de apoio para a Ucrânia – um dos pontos acordados na cimeira da NATO que terminou este sábado em Varsóvia.
Trata-se de ajudar as instituições de defesa e segurança da Ucrânia com conselhos e apoio específico para as tornar mais eficientes, disse o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, no encontro que reuniu na capital polaca os chefes de Estado e de governo dos 28 países da NATO e o Presidente da Ucrânia Petro Poroshenko.
Em declarações à euronews, a responsável ucraniana para a integração europeia, Ivana Klympush-Tsintsadze, frisou que o seu país precisa de reforçar a segurança das suas fronteiras:
“Precisamos que as nossas forças armadas integrem os padrões da NATO ao nível da segurança e defesa e esta é uma etapa que nos tornará definitivamente mais fortes e capazes de continuar a defender o nosso país. Sabemos que, infelizmente, temos de estar preparados para isso todos os dias”.
Para Alexander Golts, analista independente russo de assuntos militares, estas promessas à Ucrânia não preocupam muito Moscovo:
“A Rússia mantém uma posição oficial de desconfiança face aos contactos entre a NATO e a Ucrânia, pois existe o receio – embora sem grande fundamento – de que a Ucrânia decida em determinado momento tornar-se membro da NATO. Este pacote está na linha das medidas que foram decididas na cimeira anterior no País de Gales, não houve grandes mudanças”.
A NATO move-se com cautela, entre a aprovação de medidas de reforço militar no leste europeu e a preocupação em manter um diálogo construtivo com a Rússia.
Petro Poroshenko discutiu também com seus colegas ocidentais a situação no Leste da Ucrânia, mas é facto incontornável que nenhum avanço do processo iniciado com os acordos de Minsk se fará sem a participação da Rússia.