A nova agência europeia de controlo das fronteiras vai inspirar-se nas ferramentas da crise financeira para gerir a crise dos refugiados.
A nova agência europeia de controlo das fronteiras vai inspirar-se nas ferramentas da crise financeira para gerir a crise dos refugiados.
O diretor da Frontex, garante que a nova agência, com uma força de intervenção rápida de 1.500 funcionários, e que deverá entrar em funcionamento no final do ano, vai “reforçar” o espaço Schengen.
Face a um novo fluxo de refugiados ao largo de Itália, com quase mil pessoas resgatadas, esta terça-feira, o responsável da Frontex anunciou que os estados-membros poderão ser submetidos a “stress tests” como aqueles atualmente aplicados aos bancos.
“Não se trata de punir certos países, mas de reforçar de forma coletiva a zona Schengen. Trata-se de fazer com que a fronteira externa seja mais forte e eficiente”, assegurou o diretor da Frontex que garantiu que a responsabilidade do controlo fronteiriço manter-se-á sob alçada dos estados-membros.
Segundo a agência, o recente acordo migratório com a Turquia permitiu diminuir o fluxo de refugiados na chamada rota dos balcãs, quando a Itália volta a ser a principal porta de entrada na UE.
Para o responsável da ONU para as migrações, Peter Sutherland, o problema da gestão dos refugiados situa-se antes de mais ao nível de certos estados.
“A realidade é que a ONU ou ainda mais a UE são apontadas como responsáveis de uma situação que representa o total fracasso dos estados-membros, dos governos da UE que jogam antes de mais a carta do nacionalismo”.
Face à renitência de vários países do Leste da Europa em acolher uma parte dos refugiados, países como Itália têm agora que gerir um fluxo de cerca de 750 chegadas por dia.