BCE mantém jutos de referência a "zero" à espera do impacto do "Brexit"

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De  Francisco Marques com LUSA
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O Banco Central Europeu revelou esta quarta-feira a decisão de manter na linha de água — a “zero” por cento — a taxa de juro de referência para a zona euro.

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O Banco Central Europeu revelou esta quarta-feira a decisão de manter na linha de água — a “zero” por cento — a taxa de juro de referência para a zona euro. O presidente do BCE mostrou confiança no setor bancário e considerou até que a banca está muito melhor em termos de solvência.

O problema, considerou Mario Draghi esta quarta-feira em Frankfurt, na Alemanha, está na rentabilidade, admitindo que a recente decisão do Reino Unido em deixar a União Europeia e a atual lentidão do crescimento económico não permitem antecipar devidamente os próximos tempos.

Draghi mantém taxas de juro apesar do Brexit https://t.co/4LPft2YueY#economico#depic.twitter.com/aqVevPaMRv

— Diário Económico (@diarioeconomico) 21 de julho de 2016

“O euro e os mercados financeiros têm resistido ao pico de incerteza e volatilidade com uma resiliência encorajadora. A anunciada prontidão dos bancos centrais em providenciar liquidez se necessário, as nossas atuais medidas de política monetária, assim como um robusto enquandramento de regras e supervisão, ajudaram a conter a pressão sobre os mercados”, afirmou Draghi, deixa em aberto a reavaliação em setembro da política monetária a seguir pelo BCE.

A instituição monetária de Frankfurt indicou que a taxa de juro aplicável à facilidade permanente de cedência de liquidez se mantém em 0,25 por cento e a taxa de depósitos fica inalterada, a negativo, a -0,40 por cento. O BCE também anunciou que mantém pelo menos até março de 2017 o seu programa de compra de ativos com um valor mensal de 80 mil milhões de euros.

Banca europeia sobe após palavras de Draghi https://t.co/rHMhS2Jsdypic.twitter.com/kr4l13N7GT

— Jornal de Negócios (@JNegocios) 21 de julho de 2016

Na conferência de imprensa, Draghi disse que espera que os ministros das Finanças do G20 enviem uma mensagem de estabilidade após a reunião que se realiza no próximo fim de semana face à incerteza económica e geopolítica a nível mundial.

Sobre as sanções a Portugal e Espanha, por défice excessivo, o presidente do BCE diz ser um tema que cabe “inteiramente à Comissão Europeia”. Questionado sobre a justiça da decisão depois dos esforços efetuados pelos dois países ibéricos, Mario Draghi afirmou que a comissão tem “a responsabilidade e os conhecimentos para tomar a decisão.”

Na semana passada, o Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia (Ecofin) aprovou uma recomendação para a Comissão Europeia sancionar Portugal e Espanha por não terem adotado “medidas eficazes” para corrigir os défices excessivos entre 2013 e 2015.

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