Na Turquia a purga estende-se aos meios de comunicação social e não tem fim à vista.
Na Turquia a purga estende-se aos meios de comunicação social e não tem fim à vista. Esta quarta-feira o governo encerrou 3 agências noticiosas, 16 estações de televisão, 45 jornais, 15 revistas e 29 editoras. A repressão é denunciada pelo relator especial das Nações Unidas sobre a Liberdade de Expressão, David Kaye, e pela representante da OSCE para a Liberdade de Imprensa, Dunja Mijatovic.
Ugur Ayatc, do sindicato dos jornalistas da Turquia, sublinha o caráter arbitrário desta purga:
“É inaceitável que tanta gente esteja detida para interrogatório. Estas decisões foram tomadas sem nenhum critério e estas pessoas estão a ser punidas porque trabalhavam para o jornal afeto a Fethullah Gulen.”
Desde o início da semana foram emitidos quase cem mandados de detenção contra jornalistas. De acordo com o ministério do interior, atualmente estão detidas perto de 16 mil pessoas no âmbito do golpe de Estado, metade foi constituída arguida, grande parte são militares. O governo do presidente Erdogan acusa o clérigo Fethullah Gulen de orquestrar o golpe de Estado.
#NEWSGRAPHIC Latest numbers in Turkey's crackdown after the July 15 attempted coup pic.twitter.com/1VMaTpsxpP
— AFP news agency (@AFP) 28 de julho de 2016