O novo Governo de união da Tunísia, liderado por Youssef Chahed, recebeu sexta-feira um forte voto de confiança do Parlamento para implementar as reformas de que o país carece desde a chamada revoluçã
O novo Governo de união da Tunísia, liderado por Youssef Chahed, recebeu sexta-feira um forte voto de confiança do Parlamento para implementar as reformas de que o país carece desde a chamada revolução do Jasmim, que, há cinco anos, ditou a queda do Presidente Ben Ali e lançou o país numa transição democrática aos soluços. Dos 217 deputados da Assembleia de representantes do povo, estiveram presentes 194: 167 votaram a favor do novo executivo, 22 contra e 5 abstiveram-se. O apoio é claro!
Após o fracasso, a crescente contestação e a consequente retirada de confiança no final de julho ao anterior executivo liderado pelo independente Habid Essib, aos 40 anos, Youssef Chahed é o mais novo Chefe de Governo da Tunísia e sétimo a ocupar o lugar desde 2011, o que revela a instabilidade da transição política num país também pressionado pelo terrorismo, em especial a afetar o turismo, um dos principais negócios tunisinos.
Tunisie: promis à de lourds défis, le gouvernement d'union obtient la confiance https://t.co/FjvqRMu9TE#AFPpic.twitter.com/Y6Nb2w90d8
— Agence France-Presse (@afpfr) 27 de agosto de 2016
Com o crescimento económico estimado este ano nos 1,5 por cento, uma dívida pública duplicada em cinco anos, uma pesada folha salarial no setor público, com mais de 600 mil funcionários, e os fundos da segurança social no vermelho, Chahed assume o Governo com determinação e confiança nas reformas necessárias, por muito que o plano vá custar aos contribuintes.
“A nossa situação em 2017 — se não mudarmos nada nosso comportamento — vai ser muito mais difícil. Vai ser pior. Vamos ser forçados a adotar uma política de austeridade”, avisou o novo Chefe de Governo (termo oficial que substituiu o de primeiro-ministro).
Para os que não sabiam a que se referia, Youssef Chahed atalhou caminho: “o Estado será forçado a cortar nas despesas da saúde, da segurança social e também a despedir milhares de empregados do setor público”. “Todos nós teremos a fazer sacrifícios”, preveniu.
#Tunisie : Coup de projecteur sur Youssef Chaheb, successeur d'
Habib_essid</a> au poste de Premier ministre <a href="https://t.co/KbrHOINiZ7">https://t.co/KbrHOINiZ7</a> <a href="https://twitter.com/hashtag/UEMed?src=hash">#UEMed</a></p>— ECOMNEWSMED (
ecomnewsmed) 5 de agosto de 2016
O novo executivo tunisino terá 26 ministros e 14 secretários de Estado, integrando elementos de diversas forças políticas, incluindo o movimento islamita Ennahda, e algumas personalidades independentes.