EventsEventosPodcasts
Loader
Encontra-nos
PUBLICIDADE

Iémen: Uma guerra esquecida

Iémen: Uma guerra esquecida
Direitos de autor 
De  Euronews
Publicado a
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Pelo menos 10 pessoas morreram no último ataque a um mercado, em Taiz, no sudoeste do Iémen – 6 das quais crianças.

PUBLICIDADE

Pelo menos 10 pessoas morreram no último ataque a um mercado, em Taiz, no sudoeste do Iémen – 6 das quais crianças. De acordo com o Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos, o ataque foi da responsabilidade dos rebeldes xiitas Houthi.

A comunidade internacional encara a situação com aparente indiferença, mas o Iémen enfrenta uma guerra civil, desde Março de 2015 – que já matou mais de 6 mil pessoas, a maioria civis. A guerra coloca os Houthis contra as forças leais ao presidente Abd Rabbo Mansour Hadi, que está atualmente exilado em Riad.

Ali Abdullah Saleh tornou-se presidente do Iémen do Norte em 1978. Em 1990 foi o primeiro presidente de um Iémen reunificado. Com a Primavera Árabe foi retirado do poder em 2011. Abd Rabbo Mansour Hadi foi eleito em 2012, a vitória foi reconhecida pela comunidade internacional. Mas sentiu a pressão imediata dos rebeldes Houthi que tomaram conta de Sanaa em 2014. Em março de 2015, Hadi tinha fugido para a Arábia Saudita. Uma vez inimigos do presidente Ali Saleh, os rebeldes Houthi são agora seus aliados, lutando ao lado das suas tropas.

Os soldados e os simpatizantes do ex-presidente continuaram leais. Com este apoio e com as conquistas no terreno, o ex-presidente pensa num futuro regresso. Os meses de negociações conduzidas pela ONU e a intervenção de uma coligação árabe, sob o comando da Arábia Saudita, não conseguiram por um fim ao conflito.

Desde Março de 2015, que aviões sauditas bombardeiam bases rebeldes. Por detrás deste conflito estão dois grandes poderes: a Arábia Saudita sunita, que apoia o presidente Hadi e o Irão xiita, apoiando os Houthis.

Sem esperança de paz à vista, os civis são os mais afetados. O coordenador das operações humanitárias da ONU, Stephen O’Brien diz-se preocupado com a situação: “conseguimos evitar o que, de outra forma, poderia ser descrito tecnicamente como: fome. Mas a situação é limite. É preciso que as autoridades facilitem o nosso trabalho a todos os níveis, seja aqui em Sanaa ou em Hodeidah ou em qualquer outra zona do Iémen. As autoridades, sejam elas quais forem, precisam facilitar as operações rapidamente e não colocar entraves administrativos no nosso caminho.”

Segundo a ONU, 80% da população precisa de ajuda humanitária. Os números da UNICEF dizem que 3 milhões de pessoas precisam de assistência alimentar imediata e 1 milhão e meio de crianças sofre de desnutrição – num país que mesmo antes da guerra já era o mais pobre da Península Arábica.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

A tragédia no meio do negócio de armas: Porque não se fala do Iémen?

Iémen responde ao ataque israelita ao porto de Hodeida

Rebeldes Houthi do Iémen atacam mais navios no Mar Vermelho e no Mediterrâneo