Guerra diplomática, é a melhor definição para as interações entre o Ocidente e a Rússia acerca do conflito sírio.
Guerra diplomática, é a melhor definição para as interações entre o Ocidente e a Rússia acerca do conflito sírio.
O ministro britânico dos Negócios Estrangeiros acusou a aviação russa de estar por trás do bombardeamento de 19 de setembro contra uma coluna humanitária da ONU perto de Alepo, a segunda cidade da Síria.
Num discurso na Câmara dos Comuns, em Londres, Boris Johnson apelou a manifestações em frente à embaixada russa para protestar contra o papel do Kremlin no conflito. O chefe da diplomacia britânica afirmou que “se a Rússia continuar neste caminho, corre o risco de se tornar numa nação pária. Se a estratégia do presidente Putin é restaurar a grandeza e a glória da Rússia, arrisca-se a ver a sua ambição transformada em cinzas, face ao desprezo internacional pelo que se está a passar na Síria”.
Ao mesmo tempo, as tensões diplomáticas entre a Rússia e a França culminaram esta terça-feira com a anulação de uma visita prevista de longa data de Vladimir Putin a Paris. Cada vez mais ostracizado, o Kremlin garante que continua disposto a negociar a paz.
Em deslocação à China, o vice-ministro russo da Defesa, Anatoli Antonov, disse que é preciso “deixar de lado ambições políticas e sentar-se imediatamente na mesa das negociações”.
Mas entretanto, Alepo, principal “campo de batalha” na Síria que tinha gozado de uma acalmia nos bombardeamentos durante o fim-de-semana, voltou a estar submetida a raides aéreos intensivos da aviação russa contra os bairros rebeldes da cidade.