A União Europeia (UE) e o Canadá assinaram finalmente o acordo de comércio livre CETA, este domingo em Bruxelas.
A União Europeia (UE) e o Canadá assinaram finalmente o acordo de comércio livre CETA, este domingo em Bruxelas.
A cerimónia ocorre depois do evento ter sido anulado na quinta-feira, na sequência das dúvidas dos belgas flamengos.
A ratificação da Bélgica abre caminho assim à adoção do documento que suprime as barreiras alfandegárias entre os ainda 28 e o Canadá.
O texto que entra parcialmente em vigor, terá ainda que ser adotado pelo parlamento europeu e pelos deputados canadianos, assim como pelos estados-membros da UE.
O presidente do Conselho da UE, Donald Tusk, defendeu hoje o método de ratificação:
“Para os nossos cidadãos não há dúvida de que a aplicação provisória será a melhor forma de pedagogia, melhor do que a persuasão ou as palavras. Esta é a principal razão para este otimismo cauteloso”.
O primeiro-ministro canadiano, Justin Trudeau, respondeu igualmente às vozes críticas que afirmam que o documento irá beneficiar apenas as grandes empresas.
“As pequenas empresas e os consumidores vão começar a ver as vantagens deste acordo de forma imediata, mesmo antes de todos os 28 parlamentos iniciarem o processo de ratificação. Estamos confiantes que vamos provar à classe média e às pessoas que trabalham arduamente que a aprovação do documento é algo positivo para as nossas economias, mas também um bom exemplo para o mundo inteiro”.
Para a Comissão Europeia, o CETA abre a porta a novos acordos, como o também contestado Tratado de comércio transatlântico com os Estados Unidos.
O documento, que põe fim a 99% das taxas alfandegárias entre o Canadá e a União, representa o primeiro acordo do género assinado por Bruxelas com um país do grupo das sete maiores economias mundiais.