Até o céu do Brasil chorou no adeus aos jogadores do Chapecoense

Até o céu do Brasil chorou no adeus aos jogadores do Chapecoense
De  Francisco Marques com Globo
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As 50 vítimas mortais, entre jogadores e outros funcionários do clube brasileiro, foram homenageadas este sábado em pelno estádio do emblema de Santa Catarina, com Virgilio Lopes a representar o Sport

Emoção, aplausos e lágrimas. Até o céu do Brasil parece ter chorado este sábado, no velório dos 50 jogadores e funcionários da Associação Chapecoense, mortos no desastre de avião da passada segunda-feira-feira, na Colômbia.

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A equipa rumava a Medellin para jogar com o Atlético Nacional, a primeira mão da final da Taça Sul-Americana, o equivalente à Liga Europa, mas o avião fretado em que embarcaram na Bolívia despenhou-se a cerca de 17 quilómetros da pista de aterragem, aléegadamente devido a falta de combustível.

Morreram 71 pessoas das 77 que seguiam a bordo. Há seis sobreviventes. Alguns jogadores da Chapecoense não estavam convocados e, por isso, não seguiam na viagem. É o caso do guarda-redes veterano Nivaldo, de 42 anos, que anunciou, entretanto, o fim da carreira.

Na comitiva, seguiam também alguns convidados do clube e jornalistas que iam fazer a cobertura da partida. Num emotivo vídeo partilhado pelas redes sociais, a mãe de Danilo, o guarda-redes que sobreviveu ao desastre, mas viria a morrer no hospital após falar ao telefone com a mulher, deixou uma mensagem para os jornalistas que têm feito a cobertura da tragédia.

Desde esse dia que o Arena Condá, o estádio do clube de Chapeco, no estado de Santa Catarina, se converteu num memorial improvisado e este sábado foi palco de um velório coletivo com a presença de cerca de 100.000 pessoas.

Na derradeira despedida aos colegas esteve o guarda-redes Marcelo Boeck, cedido no início do ano pelo Sporting ao Chapecoense e que também não estava convocado e terá pedido dispensa da viagem ao clube para celebrar naquele mesmo dia o 32.° aniversário em família.

O clube português está, aliás, representado no velório em Chapeco pelo antigo jogador e atual diretor da Academia leonina, Virgilio Lopes, com quem Boeck tirou uma foto, partilhada sexta-feira pelo Instagram (em baixo).

O Sporting, que partilha as cores do equipamento com o Chapecoense (verde e branco), jogou este sabado à noite diante do Vitória de Setúbal (ganhou 2-0), em partida a contar para a 12.a jornada da Liga portuguesa, e alinhou envergando um equipamento especial, homenageando as vítimas do clube brasileiro.

Durante o jogo, os adeptos do Sporting entoaram cânticos dedicados ao Chapecoense (vídeo em baixo).

As urnas foram colocadas numa área coberta especial preparada no estádio, onde estavam também os familiares e as pessoas próximas das vítimas.

Pelas 13h25, especificou o jornal O Globo, todas as urnas estavam já no local e a cerimónia começou com a execução dos hinos do Brasil e da Chapecoense.

Entre as personalidades presentes neste velório, destacaram-se o Presidente do Brasil, Michel Temer; o presidente da FIFA, Gianni Infantino; o secretário-geral da Confederação Brasileira de futebol, Walter Feldman; o selecionador brasileiro, Tite; e os antigos jogadores Clerence Seedorf, holandês que passou pelo futebol brasileiro, e o espanhol Carles Puyol.

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