ONU: "Colapso de humanidade" em Alepo

ONU: "Colapso de humanidade" em Alepo
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As condições dramáticas em que se encontra a população civil de Alepo, apanhada entre fogo cruzado do exército governamental e dos rebeldes anti-regime e debaixo do intenso bombardeamento que tem sido

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As condições dramáticas em que se encontra a população civil de Alepo, apanhada entre fogo cruzado do exército governamental e dos rebeldes anti-regime e debaixo do intenso bombardeamento que tem sido conduzido pela aviação russa, preocupa a Organização das Nações Unidas. Os apelos à criação de corredores humanitários não têm sido escutados e milhares de vidas inocentes estão em risco.

A situação piora a cada hora que passa para os civis encurralados em Alepo. Falámos com Jens Laerke, porta-voz do Gabinete das Nações Unidas para a Coordenação de Assuntos Humanitários (OCHA).

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A ONU descreveu a situação em Alepo como “colapso de humanidade”. As forças fiéis ao governo teriam assassinado mais de 80 pessoas. A ONU sabe quem são os responsáveis? Em que circunstâncias?

Jens Laerke
Bem, nós não sabemos exatamente. Temos, de várias fontes que estão na área, estes relatos horríveis que acreditamos contenham alguma verdade, sobre um certo número de civis executados em vários bairros. A nossa preocupação agora está com as milhares de pessoas que permanecem no enclave sitiado de Alepo. Apelamos com urgência às partes envolvidas para que permitam aos civis sair da área.

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A par dos relatos de crimes cometidos pelas forças governamentais, há relatos de atrocidades de ambos os lados?

Jens Laerke
Tivemos, na semana passada, relatos de todos os lados no conflito, sobre violações do direito internacional humanitário, que estipula que os civis devem ser poupados aos efeitos de combates, o que não tem sido garantido. E também de violações de direitos humanos de ambos os lados. Isto diz respeito a todos.

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Que disse a ONU ao governo sírio sobre a sua parte de responsabilidade?

Jens Laerke
Apelámos e exortámos insistente e diariamente, a todos, para que o cerco fosse levantado em Aleppo oriental, como pedimos o levantamento de outros cercos através da Síria. Temos feito tudo o que está nas nossas capacidades, mas não podemos ir mais longe.

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O que sabe sobre os civis que são dados como desaparecidos em áreas recentemente retomadas pelas forças do regime?

Jens Laerke
Chegaram-nos relatórios muito inquietantes sobre homens que desapareceram, homens em idade militar, aparentemente. Os familiares dizem que desapareceram depois de eles terem fugido. Manifestámos a nossa profunda preocupação. São práticas de detenção arbitrária. Há uma história de tortura na Síria, ficamos portanto muito preocupados quando nos chegam tais relatórios.

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Este é mais um massacre como o de Srebrenica, diante do silêncio da comunidade internacional?

Jens Laerke
Bem, é praticamente impossível comparar estas situações extremas. São extremas na sua particularidade e não seria justo compará-las. O que temos visto, desde há muito tempo, é um fracasso político em encontrar uma solução negociada para o que está a acontecer na Síria.

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