“Em Alepo estão mais de 50 mil pessoas que já só esperam pela morte” – disse esta quinta-feira o presidente do conselho municipal de Alepo oriental, Brita Hagi Hasan, que se encontrou em Bruxelas com
“Em Alepo estão mais de 50 mil pessoas que já só esperam pela morte” – disse esta quinta-feira o presidente do conselho municipal de Alepo oriental, Brita Hagi Hasan, que se encontrou em Bruxelas com o presidente do Conselho Europeu, Donald Tusk. O encontro coincidiu com a última reunião do Conselho Europeu do ano na qual a situação na Síria é discutida.
Brita Hagi Hasan, que desde junho não pôde regressar à sua cidade, denunciou a passividade da comunidade internacional e exortou a União Europeia a agir para que as milhares de pessoas encurraladas na cidade possam sair.
“Queremos uma solução corajosa da União Europeia, que sejam enviadas forças que controlem no lugar a deslocação dos civis.
Estão a ser cometidos na Síria crimes terríveis. Há mais de um milhão de vítimas, mais de doze milhões de pessoas deslocadas. Trata-se de crimes terríveis e, infelizmente, a comunidade internacional permanece em silêncio”, disse Brita Hagi Hasan aos jornalistas antes do encontro com Tusk.
Entretanto, forças governamentais e da oposição afirmam estar em marcha a retirada de civis e combatentes rebeldes do reduto oriental de Alepo, a única zona da cidade controlada ainda pelos insurgentes, na sequência do acordo conseguido entre a Turquia e a Rússia.
Segundo a presidente dos Médicos do Mundo, Françoise Sivignon, num território de cinco quilómetros quadrados estão presas cem mil pessoas.