Dirigentes cipriotas gregos e turcos retomaram em Genebra as difíceis negociações sob o auspício da ONU para tentar encontrar uma solução para a reunificação da ilha de Chipre, dividida há mais de 40…
Dirigentes cipriotas gregos e turcos retomaram em Genebra as difíceis negociações sob o auspício da ONU para tentar encontrar uma solução para a reunificação da ilha de Chipre, dividida há mais de 40 anos.
Mas os progressos são tímidos e a perspectiva de um acordo é ainda bastante incerta. Esta quarta-feira, será abordada a delicada questão dos contornos do futuro Estado.
Desde Atenas, o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras, afirmava que “em última instância, só pode haver uma solução que sirva os interesses tanto dos cipriotas gregos como turcos, uma solução viável, funcional e que elimine os receios do povo de Chipre”.
Em Ancara, o homólogo turco, Binali Yildrim, dizia que “deve ser garantido um sistema de governação justo e equitável para a ilha. A confiança mútua entre comunidades não é suficiente, tudo deve ser garantido. [A Turquia] quer que as negociações continuem para oferecer uma paz justa e permanente”.
Para quinta-feira, está prevista uma Conferência sobre Chipre na presença do novo secretário-geral da ONU, António Guterres, e dos três países “garantes” da segurança da ilha: Grécia, Turquia e Reino Unido. Mas a participação do primeiro-ministro grego e do presidente turco parece cada vez mais comprometida, face à ausência de verdadeiros progressos.