Trump rejeita "notícias falsas" durante primeira conferência de imprensa

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Donald Trump não conseguiu escapar-se às polémicas sobre a Rússia na sua primeira conferência de imprensa em seis meses.

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Donald Trump não conseguiu escapar-se às polémicas sobre a Rússia na sua primeira conferência de imprensa em seis meses.

A nove dias de tomar posse, o milionário classificou como falsas as informações de que os espiões russos teriam recolhido informações comprometedoras sobre ele.

Condenando ao mesmo nível, as agências de segurança e os meios de comunicação que, segundo ele, propagaram “notícias falsas”, Trump garantiu não ter, “qualquer ligação a Moscovo”.

“Penso que é uma desgraça que esta informação tenha sido divulgada. Eu vi a informação, fora da reunião e trata-se de uma notícia falsa, inventada, nunca aconteceu. Foi um grupo de opositores que se reuniu – gente doentia – e que montou isto tudo”.

Numa conferência de imprensa caótica, Trump rejeitou dar a palavra a um jornalista da CNN, depois de ter acusado o canal de propagar notícias falsas.

Apontando o dedo aos piratas informáticos russos, mas tambem chineses, Trump anunciou a apresentação dentro de 90 dias de um relatório com medidas para reforçar a cibersegurança do país.

“Penso que se Vladimir Putin estivesse na origem do ataque informático, não o deveria ter feito e não poderá voltar a fazê-lo. A Rússia vai ter muito mais respeito pelo nosso país quando eu estiver no poder”.

O presidente-eleito assegurou também que vai manter-se à margem da atividade das suas empresas durante o seu mandato presidencial.

Numa longa intervenção, a assessora jurídica do presidente-eleito garantiu que Trump vai entregar as rédeas das suas empresas aos seus dois filhos, Donald Junior e Eric Trump.

“Ao final do meu mandato vou ver se fizeram um bom trabalho, ou se estão despedidos”, declarou Trump ao final da intervenção.

A empresa do milionário conta atualmente com mais de 700 milhões de dólares de dívida ao alemão Deutsche Bank e mais de 900 milhões de dólares de dívida por um empréstimo contraído com o Banco da China.

Trump confirmou ainda o desmantelamento do sistema de saúde Obamacare – “um desastre”, segundo ele, que, “será desmantelado e substituído” nos primeiros dias após a sua tomada de posse.

O presidente-eleito confirmou também que o México irá pagar a construção de um muro “anti-imigração” na fronteira, “através do reembolso dos custos”. Fiel às suas promessas de campanha, mas longe de detalhá-las em medidas concretas, Trump garantiu que todas as empresas que decidirem transferir as suas atividades para o estrangeiro, “serão submetidas a um elevado imposto alfandegário”.

Fiel aos seus discursos inflamados de campanha e sem sinais da acalmia que sucedeu a sua eleição, Trump garantiu ainda, ao nível da sua política económica, “serei o maior criador de empregos que Deus alguma vez criou”.

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