A Roménia foi palco, este domingo, dos maiores protestos de sempre desde a queda do comunismo no país.
A Roménia foi palco, este domingo, dos maiores protestos de sempre desde a queda do comunismo no país.
Mais de meio milhão de pessoas manifestou-se em Bucareste e em 50 outras cidades do país, contra a corrupção e para exigir a demissão do governo Social Democrata.
Os manifestantes afirmam que vão prosseguir o movimento iniciado há seis dias, mesmo depois do governo ter cedido à vaga de revolta, ao ter cancelado um polémico decreto que despenalizava alguns crimes de corrupção.
Segundo um manifestante: “Não estamos apenas contra este decreto, mas contra uma certa forma de fazer política. Estamos cansados dos velhos hábitos. Estamos todos unidos para mudar este governo, trata-se da voz do povo e não de apenas de um punhado de pessoas que decretam leis à sua medida”.
Outro manifestante afirma:
“Eles estão a tentar escapar aos tribunais, e se hoje estamos aqui é porque eles não querem falar com o povo, não querem um diálogo”.
Sorin Grindeanu, o primeiro-ministro do novo governo eleito em dezembro, voltou ontem a rejeitar demitir-se quando o líder dos Sociais Democratas romenos, Liviu Dragnea, evocou uma “campanha de desinformação” e um alegado plano para, “derrubar o executivo”.
A decisão de reduzir a duração das penas por abuso de poder e outros crimes de corrupção tinha sido justificada pelo executivo como uma forma de diminuir o número de detidos nas prisões.
O executivo apresentou, entretanto, outra proposta de lei relativa a uma amnistia para 2.500 detidos que poderia incluir vários políticos condenados no passado.