Síria:Novas conversações em Genebra sobre a transição política

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É a primeira vez, nos últimos nove meses, que a oposição e o regime sírio se encontram para novas conversações em Genebra, sob a égide da ONU.

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É a primeira vez, nos últimos nove meses, que a oposição e o regime sírio se encontram para novas conversações em Genebra, sob a égide da ONU. Após os avanços alcançados no terreno, a Rússia tenta impôr-se como o elemento incontornável no jogo diplomático.

Mas esta ronda de encontros suscita espetativas moderadas: “Se estou à espera de avanços? Não, não estou à espera de avanços, mas espero e estou determinado a ter uma dinâmica muito pro-ativa”, confessou Staffan de Mistura. O emissário especial das Nações Unidas para a Síria começou logo de manhã intensas consultas com os representantes do regime e da oposição, antes de dar início à roda de negociações.

No terreno, o cessar-fogo acordado em dezembro parece aguentar-se, mas a oposição acusa a aviação do regime de bombardear posições rebeldes próximo de Damasco e na província de Homs.
Em sinal de boa vontade, a Rússia apelou à suspensão dos ataques aéreos enquanto durar esta quarta ronda de conversações em Genebra.
O cessar-fogo tinha ficado consolidado nas conversações de finais de janeiro em Astana, a capital do Cazaquistão, desenvolvidas sob a égide da Rússia, daTurquia e do Irão.

Até agora foram realizados três encontros sob a égide da ONU sem nenhum ter conseguido encaminhar a Síria na direção da paz. Ao longo dos seis últimos anos, a guerra já matou mais de 310 mil pessoas.
Desde as últimas conversações em Genebra, em abril de 2016, a situação no terreno na Síria mudou bastante.
O regime de Damasco, apoiado pelos aliados russos e iranianos, retomou o controlo de Alepo, feudo da insurreição no norte, e a oposição já não controla mais do que 13% do território.

A Síria é agora uma manta de retalhos, dividida entre as diversas partes envolvidas no conflito. E as conversações de Genebra começam na altura em que os rebeldes sírios pró-turcos anunciam a libertação total de Al-Bab do controlo do Estado Islâmico. Um anúncio que não tem influência nos encontros da Suíça, já que eles se fixam na questão da transição política. Mas sobre o futuro de Bashar Al Assad as posições não evoluiram.

Por outro lado, há grandes espetativas sobre a posição dos Estados Unidos, que até ao final do mandato de Barack Obama apoiavam abertamente a oposição. Todas as atenções estão viradas para a inidicação que será dada pelo novo chefe da diplomacia norte-americana, Rex Tillerson.

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