Eleições antecipadas vão resgatar a Irlanda do Norte do impasse?

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A Irlanda do Norte prepara-se para aquele que é o escrutínio mais determinante desde os acordos de paz de 1998.

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A Irlanda do Norte prepara-se para aquele que é oescrutínio mais determinantedesde os acordos de paz de 1998. Esta província, parte integrante do Reino Unido, votou maioritariamente contra o Brexit em junho passado. Na próxima quinta-feira regressa às urnas para eleições antecipadas.

O governo partilhado entre unionistas do chamado DUP e republicanos do Sinn Féin colapsou. Arlene Foster, do primeiro bloco político, e Martin McGuinness, da ala republicana, formaram o executivo em maio de 2015. Mas, no início deste ano, o vice-primeiro-ministro McGuinness demitiu-se na sequência de um escândalo de corrupção em torno de Foster, chefe do governo, que recusou afastar-se.

O Sinn Féin rejeitou, por sua vez, a possibilidade de nomear um outro nome para o cargo de McGuinness. Londres suspendeu a autonomia para organizar um novo processo eleitoral.

#ArleneFoster and #MichelleONeill clash in head-to-head debate https://t.co/uv3T8860fN (PSR) #Stormont#NorthernIreland#CashForAshpic.twitter.com/G1DJWPEUue

— Irish Examiner (@irishexaminer) 16 February 2017

Os acordos de paz pressupõem governos de coligação entre católicos e protestantes, ou seja, os dois cargos cimeiros do executivo têm de ser ocupados por um membro de cada fação. Mas o Sinn Féin rejeita a permanência de Foster como líder unionista e não parece haver entendimento no horizonte.

Para Foster, “o Sinn Féin adotou uma postura de passar para um cenário de governo direto, caso não obtenham o que pretendem. E, na verdade, isso significa que o futuro da Irlanda do Norte passaria a ser decidido por um administrador vindo de Londres, tanto em matéria de saúde, como de desenvolvimento económico”.

Nenhum dos dois partidos pretende o regresso de fronteiras rígidas quando o Reino Unido sair da União Europeia. Mas para o Sinn Féin, o Brexit representa uma oportunidade rumo a um objetivo histórico: a reunificação com o sul. Segundo o líder do partido, Gerry Adams, os republicanos “não vão aceitar um acordo que só agrada a uma percentagem muito reduzida da população. O Sinn Féin é um partido unido que quer pôr fim ao domínio britânico e terminar com as divisões”.

Os acordos de Stormont dão ao ministro britânico para a Irlanda do Norte o poder de convocar um referendo sobre a reunificação, caso se comprove uma mudança óbvia na opinião pública que coloque em causa o estatuto constitucional.

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