O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão afirmou, esta segunda-feira, estar cético em relação ao aumento dos gastos da Defesa, para o nível proposto pelos membros da NATO, no seu…
O ministro dos Negócios Estrangeiros alemão afirmou, esta segunda-feira, estar cético em relação ao aumento dos gastos da Defesa, para o nível proposto pelos membros da NATO, no seu país.
Sigmar Gabriel sublinhou que há outras questões prementes como a necessidade de desenvolver uma “arquitetura de segurança”, coletiva, europeia.
Para o ministro, a Europa deve fazer mais por si, em vez de confiar nos Estados Unidos, e a Alemanha tem de ser, também, mais ativa neste processo:
“Penso que precisamos de ponderar outros aspetos, a começar pelo facto de que não acredito que a segurança da Europa possa ser garantida apenas com as despesas de Defesa. A maioria das guerras e a questão dos refugiados que estamos a enfrentar, atualmente, não pode ser resolvida com mais gastos em equipamentos, mas protegendo as pessoas da fome, da pobreza e da guerra, por exemplo, provocada pela falta de água”, afirmou.
A NATO concordou que os seus membros devem fazer um esforço para destinar dois por cento do seu PIB à Defesa. Ainda assim, Sigmar Gabriel esclarece que a decisão é meramente indicativa e não mandatória, deve caminhar-se nesse sentido.
Atualmente, 1,2% do PIB alemão vai para este setor.