Iraque: Família de Mossul recebe tratamento por exposição a armas químicas

Uma família de Mossul está a ser tratada por possível exposição a armas químicas. 12 civis, incluindo mulheres e crianças, estão a receber tratamento num hospital, em Erbil, depois de a Organização Mundial de Saúde e a Cruz Vermelha terem ativado um “plano de emergência” na sequência de um aparente ataque com armas químicas, supostamente lançadas por militantes do grupo ‘jihadista’ Estado Islâmico na região oriental de Mossul.
Uma das vítimas afirma que um morteiro caiu na sala de estar, onde a família estava reunida e que sentiram imediatamente um “mau cheiro” proveniente de um “gás”. Algumas das crianças começaram a sentir “dificuldade em respirar”, sofreram “queimaduras” e “ferimentos provocados por estilhaços”.
Na outra margem do rio Tigre, um carro armadilhado explodiu, este sábado, na parte ocidental de Mossul, onde as tropas iraquianas vão avançando na ofensiva para libertar totalmente a cidade do jugo dos radicais do ‘Daesh’.
Depois de terem libertado a zona leste de Mossul, as forças iraquianas atravessaram o Tigre há duas semanas e, desde então, só da parte ocidental da cidade, perto de 30 mil pessoas fugiram aos combates, deixando tudo para trás.
Segundo as Nações Unidas, desde o início da ofensiva, em outubro do ano passado, cerca 191.000 pessoas já deixaram Mossul. Estima-se que mais de 700.000 civis continuem na cidade.