Foi a primeira vez que um organismo das Nações Unidas fez referência a uma política de “apartheid de Israel” contra os palestinianos.
Foi a primeira vez que um organismo das Nações Unidas fez referência a uma política de “apartheid de Israel” contra os palestinianos. Mas o relatório da Comissão Económica e Social para a Ásia e Pacífico (ESCAP) da ONU apenas esteve em linha pouco mais de um dia.
O documento foi retirado e a jordana Rima Khala, secretária executiva do ESCAP, demitiu-se.
António Guterres tinha lhe pedido para retirar o documento da página na internet.
“Já se esperava que Israel e os aliados fizessem uma grande pressão sobre o secretário-geral das Nações Unidas para que recusasse o relatório. O secretário-geral deu-me instruções para eu o retirar”
, explicou Rima Khala.
De facto, Israel e os Estados Unidos reagiram de forma negativa e exigiram a retirada do documento.
O porta-voz de António Guterres explicou que o documento foi publicado sem que a hierarquia tivesse sido consultada.
“Não se trata de pressão, isto é sobre a autoridade do secretário-geral necessária para gerir a organização de uma forma que seja eficaz e que seja capaz de cumprir os seus objetivos”, disse Stephane Dujarric.
No documento é possível ler-se que “Israel põe em prática políticas que fragmentam os palestinianos, o principal método pelo qual Israel impõe o apartheid”.
O relatório diz ainda que “as evidências estabelecem sem sombra de dúvidas que Israel é culpado de políticas e práticas que constituem o crime de apartheid, conforme definido pelos instrumentos da lei internacional”.
O relatório pode ser consultado descarregado aqui