O líder supremo do Irão aproveitou as celebrações do ano novo persa para lançar algumas farpas ao governo do presidente Hassan Rohani, um moderado.
Numa altura em que conservadores da linha dura e moderados se preparam para as presidenciais de maio, o líder supremo do Irão aproveitou as celebrações do ano novo persa para lançar algumas farpas ao governo do presidente Hassan Rohani, um moderado.
A economia ocupou uma boa parte do discurso, esta terça-feira, em Mashad, uma cidade santa xiita no nordeste do Irão, próximo da fronteira com o Turquemenistão e com o Afeganistão.
O aiatola considerou que o governo tem trabalhado para reduzir a inflação e promover o crescimento, mas criticou a subida do desemprego e a redução do investimento.
Olhando para o exterior, Ali Khamenei afirmou que “os inimigos da República Islâmica do Irão” utilizam a economia como “forma de pressão para prejudicar” o país e fazer com que “o povo fique desanimado e desiludido” com o “regime”.
Numa altura em que o Irão se começa a abrir ao mundo, após o acordo sobre o nuclear e o início do levantamento de sanções, Khamenei surgiu em contraciclo a apelar à interdição de importação de produtos estrangeiros para os quais exista um equivalente no Irão.
Para o líder supremo, essas importações devem ser proibidas tanto do ponto de vista religioso como do legal. Khamenei, que quer promover o “made in Iran”, pediu ainda ao executivo para reforçar a luta contra o contrabando, que estimou representar, pelo menos, “15 mil milhões de dólares” por ano.