Guenter Lubitz insiste na necessidade de que seja reaberta a investigação ao acidente e diz ter a certeza de que filho não estava deprimido.
Com Marco Lemos e DPA
Escolhemos este dia para que as pessoas nos ouçam e entendam que o nosso filho não se encontrava deprimido na altura do acidente.
Pai do piloto do voo Germanwings
Guenter Lubitz, pai do co-piloto Andreas Lubitz do voo 9525 da empresa alemã Germanwings, que se despenhou há dois anos nos Alpes franceses, quando fazia a rota Barcelona-Dusseldorf, disse, em conferência de imprensa, que não queria magoar os famíliares das vítimas.
Lubitz disse aos jornalistas que o filho “amava a vida” e que “não sofria de depressão” no momento em que o acidente ocorreu.
It’s two years today since Germanwings flight 4U 9525 crashed into the Alps, killing all 150 on board. https://t.co/FIz6geewRLpic.twitter.com/Yw5EvN6WCZ
— dpa international (@dpa_intl) 24 mars 2017
O pai do piloto disse ainda que as investigação não tinham sido feitas como deveria ser e que por isso as conclusões não tinham permitido chegar às verdadeiras causas do acidente.
Entrevista ao jornal alemão Die Zeit lança polémica
Foi numa entrevista ao jornal alemão Die Ziet, que o pai do piloto lançou acusações sérias aos investigadores e criticou a forma como dirigiram o processo.
Guenter Lubitz disse então que o filho não estava em risco de cometer suicídio, que “as suas ações não foram premeditadas” e pediu a reabertura do inquérito.
A notícia caiu como uma bomba junto das famílias das vítimas.
O advogado que as representa, Elmar Giemulla, disse que “os familiares ficaram chocados com a notícia.”
“Estão literalmente sem palavras, numa altura em que se preparam para ir até ao local do acidente, Le Vernet, para assinalar o segundo aniversário, um momento que requer concentração e silêncio”, disse continuou.