Bombardeamentos mataram 200 civis em Mossul, EUA investigam

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De  Nelson Pereira
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O objetivo era eliminar atiradores furtivos nos telhados, mas as as caves dos edifícios estavam cheias de civis

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Bombardeamentos norte-americanos terão morto cerca de 200 civis em Mossul, no Iraque. As autoridades iraquianas reconheceram que o massacre aconteceu durante uma operação da coligação internacional liderada pelos norte-americanos, no dia 17 de março.

Segundo o porta-voz do Comando Central, coronel John Thomas, o caso está a ser investigado, para apurar se as explosões que originaram a morte dos civis foram causadas por bombardeamentos americanos ou da coligação.

No campo iraquiano há menos dúvidas. De acordo com um comandante das forças especiais iraquianas, o major general Maan al-Saadi, os civis foram mortos na sequência de um bombardeamento da coligação liderada pelos americanos, um ataque que ele próprio requesitou. O objetivo era eliminar atiradores furtivos que disparavam dos telhados de três casas no bairro de Jidideh, mas as forças especiais iraquianas não sabiam que as caves dos edifícios estavam cheias de civis.

Em reação ao incidente, o exército iraquiano anunciou que vai reduzir a intensidade dos ataques.

O mesmo na Síria

As mortes destes civis iraquianos acontecem poucos dias depois de dois incidentes na Síria, onde a coligação combate igualmente os jihadistas do Daesh com ataques aéreos. Na terça-feira os bombardeamentos mataram 30 civis sírios na província de Raqqa, enquanto 49 outros foram mortos por aviões americanos na localidade de Al Jinah, na província de Alepo.

Prometeram-nos libertação

Moradores do bairro de Jidideh, em Mossul ocidental, começaram no sábado a enterrar familiares mortos pelos ataques aéreos. Bashar Abdullah já enterrou 13 membros da sua familia e diz que não conseguiu ainda retirar dos escombros os corpos de outros familiares:

“Como é que eles puderam usar tanta artilharia pesada em zonas civis? Antes da batalha de Mossul ocidental ter começado, as forças iraquianas e americanas garantiram que seria uma batalha fácil, foi por isso que as pessoas não deixaram as suas casas, acreditaram que estariam seguros. Não imaginavam que iriam ser bombardeados. Isto não foi nenhuma libertação, foi um massacre. “

Chegaram os novos caças

Entretanto este sábado chegaram à base aérea de Ballad, a norte de Bagdade, os primeiros quatro dos 36 caças F16 comprados pelo Iraque aos Estados Unidos.

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