Centena e meia de migrantes regressaram ao país natal, a Gâmbia, depois de terem atravessado o Saara e ficado presos na Líbia
A caminho da Europa atravessaram o Saara em condições difíceis mas acabaram numa prisão na Líbia.
Agora estão de regresso à Gâmbia de onde partiram.
169 migrantes, a maioria jovens na casa dos vinte anos, foram deportados para Banjul onde cumpriram formalidades urgentes para obter passaportes.
A maioria das pessoas entrevistadas esteve ausente do país durante mais de um ano. Muitas estão exaustas.
“Eles disparavam contra as pernas, na cabeça, eles disparavam contra as pessoas em todo o lado. Eles matavam-nos como se não valêssemos nada, como cães. Um cão tem mais valor do que um negro. Por todo o lado viamos prisões com negros, só negros”, diz um homem.
“Esta noite vou celebrar, graças a Deus. Alguns dos meus amigos morreram à minha frente, outros estão feridos, outros foram baleados. Eu, não tenho nada, apenas me bateram, a dor já passou”, revela outro.
Várias ONG’s denunciam abusos sobre migrantes.
A União Europeia procura encontrar uma solução para a crise migratória com a Líbia, um país dilacerado por violência e o caos, dominado por grupos armados e senhores da guerra.