Rússia diz que razões para ataque à Síria são "inventadas"

O ataque ordenado por Donald Trump contra uma base aérea na Síria marca o fim do idílio entre o novo presidente americano e a administração russa. Se, até agora, Trump se mostrou mais próximo de Putin que qualquer um dos antecessores, a ofensiva contra Assad parece marcar um ponto de rutura. As imagens do ataque químico em Idlib foram decisivas para esta mudança de posição: “É no interesse vital da segurança nacional dos Estados Unidos prevenir e impedir o uso e a disseminação das armas químicas mortais. Não há dúvidas de que a Síria usou armas químicas proibidas, violou as obrigações que tem, segundo a Convenção de Armas Químicas e ignorou as ordens do Conselho de Segurança da ONU”, disse Trump, ao anunciar o ataque.
Foi um ataque feito sob pretextos inventados que nos faz lembrar a situação em 2003, quando os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, juntamente com alguns aliados, invadiram o Iraque sem o acordo do Conselho de Segurança da ONU.
Ministro russo dos Negócios Estrangeiros
Tonight I ordered a targeted military strike…… pic.twitter.com/3nUzrdiGzX
— President Trump (@POTUS) April 7, 2017
Happening now re: Syria: 'It's clear that
POTUS</a> <a href="https://twitter.com/realDonaldTrump">
realDonaldTrump made that statement to the world tonight.'
Sec Rex TillersonStateDept</a> <a href="https://t.co/fW2v5TOGwI">pic.twitter.com/fW2v5TOGwI</a></p>— Dan Scavino Jr. (
Scavino45) April 7, 2017
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AP</a>: The Pentagon is looking into whether Russia participated in Syrian chemical weapons attack, officials say <a href="https://t.co/kodCle7GqJ">https://t.co/kodCle7GqJ</a> <a href="https://t.co/Yd4fF5JqUr">pic.twitter.com/Yd4fF5JqUr</a></p>— The Boston Globe (
BostonGlobe) April 7, 2017
Segundo os Estados Unidos, a base atacada é de onde partiu o ataque com armas químicas em Idlib, cujas imagens correram mundo. A Rússia, aliada de Bashar el-Assad, rejeita esta tese e faz um paralelo com a invasão do Iraaque em 2003. O ministro dos Negócios Estrangeiros, Serguei Lavrov, reagiu a partir de Tashkent, no Uzbequistão: “Foi um ataque feito sob pretextos inventados que nos faz lembrar a situação em 2003, quando os Estados Unidos e a Grã-Bretanha, juntamente com alguns aliados, invadiram o Iraque sem o acordo do Conselho de Segurança da ONU, uma enorme violação das leis internacionais. Desta vez, nem se preocuparam em mostrar factos, basearam-se em fotografias e especularam sobre fotos de crianças.
[Billet] L'histoire de cette une qui nous hante https://t.co/lE7WClE2BVpic.twitter.com/suilA3DVvA
— Libération (@libe) April 7, 2017
A administração Putin mantém a versão de que as armas químicas pertenciam aos rebeldes.
A Rússia tem sido o principal aliado do regime de Bashar el-Assad desde que o conflito começou e intervém militarmente desde há dois anos. Tem sido o principal obstáculo a uma ação contra o governo de Bashar el-Assad.
Russia condemns US strike on Syrian air base as act of aggression https://t.co/bZ58EHBoJ1
— josie #jc4pm (@josie1964) April 7, 2017