Rússia e Estados Unidos reconhecem que as relações entre os dois países estão "num ponto baixo" onde impera a desconfiança.
Rússia e Estados Unidos reconhecem que as relações entre os dois países estão “num ponto baixo” onde impera a desconfiança.
Talvez as negociações deem frutos no futuro.
Ministro dos Negócios Estrangeiros da Rússia
Com a Síria como pano de fundo, a receção em Moscovo ao secretário de Estado norte-americano foi um reflexo das tensões crescentes entre o Kremlin e a Casa Branca, apesar da promessa de uma luta conjunta contra os ‘jihadistas’ do Estado Islâmico e outros grupos terroristas.
As divergências a ultrapassar são muitas e importantes, mas o chefe da diplomacia russa gostou do encontro que teve com o homólogo norte-americano esta quarta-feira.
Serguei Lavrov explicou que o “presidente (Putin) teve uma conversa muito importante com o secretário de Estado Tillerson, que durou cerca de duas horas e que as negociações (da véspera entre os dois países) talvez deem frutos no futuro”. Para já, as partes concordaram em “manter o diálogo numa série de assuntos importantes”, concluiu.
Rex Tillerson deixou Moscovo sem que fosse visível qualquer aproximação entre os dois países à parte de o tom palavras ter sido um pouco mais diplomático.Mas o confronto aberto reacendeu-se poucas horas depois, na mesa do Conselho de Segurança das Nações Unidas, com a Rússia a vetar uma condenação ao bombardeamento, alegadamente com armas químicas, levado a cabo pelo regime de Bashar al-Assad, na Síria.
Paralelamente, Donald Trump protagonizou uma viragem de 180º em relação à NATO. Num encontro em Washington com o secretário-geral da organização, Jens Stoltenberg, o presidente dos Estados Unidos afirmou que, afinal a Organização do Tratado do Atlântico Norte “não é obsoleta”, como tinha afirmado repetidas vezes na campanha que o levou à Casa Branca.