Há 1636 pré-candidatos às eleições presidenciais no Irão, mas, este número deverá em breve baixar drasticamente.
Há 1636 pré-candidatos às eleições presidenciais no Irão, mas, este número deverá em breve baixar drasticamente. Os aspirantes à liderança do país terão de receber a autorização do Conselho dos Guardiães e o processo de seleção deverá deixar muita gente de fora.
Na prática, as presidenciais no Irão são marcadas pelo confronto entre os fundamentalistas e os reformistas, que apoiam o atual presidente Hassan Rouhani.
O principal trunfo de Rouhani é ter conseguido um acordo internacional sobre o nuclear, embora a oposição afirme que o acordo não teve grande impacto na economia.
“A conservação do acordo nuclear é uma das questões mais importantes para os iranianos, em termos políticos e económicos. Os rivais que pretendam acabar com esse acordo não serão candidatos elegíveis”, afirmou recentemente Hassan Rouhani.
Ao contrário dos reformistas, o movimento fundamentalista está desunido, mas, é possível que a candidatura do antigo procurador-geral Ebrahim Raisi reúna adeptos.
Num discurso recente, Raisi criticou a situação económica do Irão, sem fazer referência ao acordo nuclear. “As pessoas querem saber porque estão desempregadas e estão preocupadas com o trabalho, com os negócios e com a prosperidade”, afirmou Raisi.
Mohammad Bagher Ghalibaf, autarca de Teerão e rival de Rouhani nas últimas eleições faz parte da lista de pré-candidatos. Outro ex-autarca, Mahmoud Ahmadinejad, tinha prometido não voltar a candidatar-se mas ao último minuto mudou de ideias. De qualquer forma, não é certo que a candidatura do antigo presidente iraniano seja aceite pelo Conselho dos Guardiães.