Portugal tem um consumo de álcool abaixo da média europeia.
Os lituanos lideram a lista de consumidores de álcool. Beberam o equivalente a 18,2 litros de álcool puro por pessoa em 2017, segundo os últimos números da Organização Mundial de Saúde (WHO). É o equivalente a 910 canecas de meio litro de cerveja por ano. O país contradiz a tendência geral da Europa, que é para uma redução no consumo, devido em parte às políticas dos vários governos.
O álcool na Europa
Este gráfico mostra o consumo por pessoa em 2016, expresso em canecas de meio litro de cerveja. Depois da Lituânia, a República Checa, Roménia e Bulgária são os países com maior consumo. Portugal tem um consumo abaixo da média (o equivalente a 530 canecas).
O problema do álcool na Lituânia
A Lituânia teve o maior crescimento no consumo dos últimos dez anos. Só no ano passado, o consumo cresceu mais de três litros em relação aos anos de 2003 a 2005. Isto apesar das medidas impostas pelo governo, como a proibição da venda de álcool nas estações de serviço, o que causou uma quebra em 2015, segundo a Euromonitor International. Mas os níveis de consumo mantiveram-se altos, à semelhança da maioria dos países nóricos e do leste europeu onde a maioria da cerveja é consumida em casa, ao contrário dos países do sul – Grécia, Malta, Portugal e Espanha. Esses dados fazem parte de um estudo encomendado pela Comissão Europeia a propósito do consumo de álcool na Lituânia. O estudo conclui que, neste país, o álcool é muito usado como fuga à rotina do dia-a-dia.
Europa, líder mundial do consumo de álcool
O consumo está a descer na maioria dos países da UE, mas a Europa continua a ser a região mundial líder no consumo de álcool. Os europeus bebem o dobro da média das outras regiões do mundo.
A Aliança Europeia para as Políticas do Álcool é um grupo de pressão que milita por regras mais apertadas, nomeadamente pela obrigatoriedade de informação nutricional nas embalagens de todas as bebidas alcoólicas vendidas na Europa. A secretária-geral deste grupo, Mariann Skar, diz que as consequências nefastas do álcool, como a percentagem de acidentes ou as mortes por cirrose e outras doenças causadas pelo álcool são também superiores no continente europeu.
A par da informação nutricional, este grupo pede também a inclusão, nas embalagens, de avisos sobre os riscos cancerígenos do álcool.