A crise migratória continua em 2017 e uma comissão parlamentar italiana discutiu e aprovou durante esta semana linhas orientadoras que gostaria de ver impostas a organizações não governamentais que assumem um papel cada vez mais preponderante no resgate de migrantes do Mediterrâneo.
2,300 migrants rescued by #Italian coast guard#Italia#Rome#Mediterraneanhttps://t.co/u6Xm4VE0Eypic.twitter.com/MfRWVqAPfB
— The Peninsula (@PeninsulaQatar) May 20, 2017
Avançando que não havia ONG’s sob investigação apesar do inquérito ter começado no início do ano devido a acusações de que haveria algumas organizações em conluio com traficantes de pessoas, a comissão sugeriu, sem poder vinculativo, uma maior transparência por parte das ONG’s, registando as tripulações das embarcações que usam e a origem dos financiamentos com as autoridades.
Pediu ainda maior colaboração por parte da Tunísia e de Malta, que não acolhem migrantes, apesar de se encontrarem mais perto da Líbia, o grande ponto de distribuição.
O pedido para que a polícia pudesse embarcar nos navios de resgate foi rejeitado pela maior parte dos grupos humanitários, apesar da comissão defender que devem ser as autoridades locais a garantir a viabilidade de corredores humanitários.
Desde 2014, segundo a mesma comissão, houve mais de meio milhão de pessoas a chegar à costa italiana. Nessa altura, menos de um por cento dos recém-chegados eram resgatados do mar por embarcações de ONG’s. Nos primeiros 4 meses deste ano esse número saltou para cerca de 30 por cento.