Ancara assinala tentativa de golpe de Estado com mais de sete mil despedimentos

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De  Antonio Oliveira E Silva
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Decreto oficial foi publicado na sexta-feira. São visados agentes da polícia, soldados e funcionários.

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Com AFP e Anadolu

A Turquia assinala a tentativa de golpe de Estado de 15 de julho do ano passado com milhares de despedimentos no setor público, de agente da polícia a soldados, passando por funcionários dos ministérios.

Um ano depois da tentativa de golpe militar, o clérigo Fethullah Gülen, exilado nos Estados Unidos, denunciou uma caça às bruxas da parte do presidente Recep Tayyip Erdogan.

Turkish president blasts defeated coup plotters https://t.co/NXSgfndpA1pic.twitter.com/9suh6Wsw5h

— ANADOLU AGENCY (ENG) (@anadoluagency) 14 de julho de 2017

Segundo a agência de imprensa Estatal turca Anadolu, foram mais de 7.300 pessoas as que perderam os postos de trabalho, segundo um novo decreto publicado esta sexta-feira, relacionado com estado de emergência, que dura há um ano. A Anadolu conta também que 342 militares foram conduzidos à reforma.

A purga de Erdogan dura há um ano

Tayyip Erdogan e o Governo têm vindo a perseguir todos *os que consideram próximos do clérigo Gülen. Em um ano, cerca de *50 mil pessoas foram detidas. Calcula-se que cerca de 4 mil magistrados tenham sido afastados dos tribunais e que o exército turco, o segundo maior da NATO/OTAN, tenha ficado fragilizado com os sucessivos afastamentos.

O decreto publicado na sexta-feira anuncia o afastamento de pelo menos 150 generais.

A Turquia homenageia os “mártires” e comemora o falhanço do golpe

O dia 15 de julho é referido, por vários media nacionais, como “o dia da epopeia de 15 de julho”. Televisões, rádios e jornais falam em heróis e utilizam palavras como “sacrifício” e definem os 249 mortos como “mártires”.

New Turkey purge on eve of failed coup anniversary https://t.co/9DJjim00ha

— AFP news agency (@AFP) 14 de julho de 2017

A chamada purga do Executivo turco tem sido denunciada por diferentes instituições dedicadas à defesa dos Direitos Humanos a nível internacional. A Amnistia Internacional, por exemplo, refere que aqueles que perdem os postos de trabalho no setor público, se encontram, de forma abrupta, sem qualquer fonte de rendimento para si próprias e para as suas famílias.

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