Scaramucci demitido da Casa Branca

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De  Euronews com LUSA
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O diretor de comunicação da Casa Branca, Anthony Scaramucci, foi demitido, depois de pouco mais de uma semana em funções.

Scaramucci, que na semana passada deu uma polémica entrevista na qual insultou vários colaboradores da presidência de Donald Trump, foi forçado a sair pelo novo secretário-geral da Casa Branca, John Kelly.

A Casa Branca justificou a saída de Scaramucci para que John Kelly, o novo secretário-geral, possa “começar do zero”.

Um comunicado do gabinete de comunicação refere que Scaramucci entendeu que “era o melhor” a fazer e quer dar a Kelly a “possibilidade construir a sua própria equipa”.

Sean Spicer, que antecedeu Scaramucci no cargo, usou as mesmas expressões aquando da sua demissão, refere a AP.

Depois de demissões sucessivas, e ainda antes da demissão de Scaramucci, o Presidente Donald Trump insistiu que não existe caos na Casa Branca, no dia em que o seu novo secretário-geral passa a ocupar as suas funções numa West Wing (Ala Oeste) assolada por uma crise.

O general na reforma John Kelly, ex-secretário da Segurança Interna, substitui no cargo de secretário-geral da Casa Branca Reince Priebus, demitido por Trump na passada sexta-feira.

Kelly vai transportar a sua experiência militar para uma administração confrontada com uma agenda legislativa com atrasos significativos, dissensões internas na sua equipa presidencial e um conjunto de investigações à sua atuação.

Trump tem tentado promover uma pausa para reorganizar o seu gabinete na sequência da avalanche de críticas, e, segunda-feira, voltou a utilizar o ‘Twitter’: “A Bolsa a subir como nunca, os melhores números económicos em anos, a mais baixa taxa de desemprego dos últimos 17 anos, salários a aumentarem, as fronteiras seguras: Não há caos na Casa Branca! [No WH Caos!]”.

Numa entrevista publicada na passada semana na revista The New Yorker, Anthony Scaramucci atacou com uma extrema violência, incluindo linguagem grosseira, outros assessores do Presidente Donald Trump.

Nomeado em 21 de julho por Trump, este financeiro de Wall Street desmultiplicou-se em declarações polémicas e prometeu grandes mudanças na comunicação do executivo dos EUA.

Um dos grandes objetivos é parar com as fugas de informação e as revelações sobre o governo de Trump, que fazem as delícias da imprensa.

Em texto publicado na noite de quinta-feira pela New Yorker, o correspondente desta publicação em Washington relata uma conversa telefónica que teve na véspera com Scaramucci, furioso com uma mensagem deste jornalista na rede social Twitter revelando um jantar entre Trump, a sua esposa, Melania, e dirigentes da cadeia televisiva Fox News.

“Quem vos disse isso?”, perguntou Scaramucci. Perante a recusa do jornalista em revelar a sua fonte, o novo dirigente da comunicação da Casa Branca ameaçou: “Vou eliminar toda a equipa de comunicação e começar do zero! Vou despedi-los todos”.

Ainda segundo este artigo, Scaramucci atacou depois, de forma particularmente grosseira, o secretário-geral da Casa Branca, Reince Priebus, um dirigente do Partido Republicano, que suspeita ser o organizador das fugas de informação: “Reince é um esquizofrénico paranoico, um paranoico”.

Depois, com recurso a um vocabulário sexual extremamente grosseiro, Scaramucci atacou Steve Bannon, o muito polémico estratega da Casa Branca, próximo da extrema-direita, a quem acusou de ter a sua própria agenda: “Eu não sou Steve Bannon. Não procuro chupar o meu próprio pénis”.

Perante a polémica provocada em Washington por tais declarações, Scaramucci procurou emendar a mão. Na rede social Twitter colocou a mensagem “Por vezes, exprimo-me com uma linguagem colorida. Vou abster-me de o fazer, mas não renunciar ao meu combate apaixonado pelo programa de @realDonaldTrump”.

Nascido em Long Island, no Estado de Nova Iorque, numa família de imigrantes italianos de classe média, diplomado por Harvard, com uma passagem pelo banco Goldman Sachs, responsável por fundos de investimento para clientes riquíssimos, Scaramucci é um grande contribuinte para o partido republicano. Em 2012, foi tesoureiro da campanha presidencial de Mitt Romney.

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(Lusa)

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