Chefe das Forças Armadas e parlamento líbio rejeitam missão naval italiana

Chefe das Forças Armadas e parlamento líbio rejeitam missão naval italiana
De  Rodrigo Barbosa com EFE / AFP
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O governo sob o comando do chefe das Forças Armadas da Líbia ordenou a "interceção" de qualquer navio de guerra que entre sem autorização nas águas territoriais.

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O governo sob o comando do chefe das Forças Armadas da Líbia, o general Khalifa Hifter, ordenou a “interceção” de qualquer navio de guerra que entre sem autorização nas águas territoriais do país.

A ordem foi dada depois da Itália ter dado “luz verde” a uma missão naval para patrulhar as águas líbias com as autoridades locais, para combater o tráfico humano e controlar o fluxo migratório.

O Parlamento líbio, próximo de Hifter, rejeitou “categoricamente” o acordo apresentado por Roma, que considera atentar contra a soberania nacional.

Abdallah Bilhaq, porta-voz da Câmara dos Representantes líbia, alertou “o Estado italiano contra qualquer tentativa de exportar imigração ilegal para o território líbio […] com consequências perigosas para a segurança, economia e a sociedade líbia, que se encontra já numa difícil situação”.

A missão italiana tinha sido requisitada, durante a visita de 26 de julho a Roma, por Fayez Al Serraj, chefe do governo de unidade nacional da Líbia, apoiado pela ONU, que disputa o poder do país com o executivo de Hifter. Um dia antes, em Paris, Serraj e Hifter tinham concluído, com a mediação do presidente francês, Emmanuel Macron, um acordo para lançar as bases para a saída do conflito que divide a Líbia.

Noventa e sete por cento dos migrantes resgatados no Mediterrâneo Central vêm das costas líbias. Os traficantes aproveitam o caso reinante no país desde a queda de Kadhafi, em 2011, para fazer passar dezenas de milhares de migrantes em direção a Itália.

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