Polícia belga queria informação sobre Abdelbaki es-Satty, o imã de Ripoll

Polícia belga queria informação sobre Abdelbaki es-Satty, o imã de Ripoll
Direitos de autor 
De  Antonio Oliveira E Silva
Partilhe esta notíciaComentários
Partilhe esta notíciaClose Button
Copiar/colar o link embed do vídeo:Copy to clipboardCopied

Um agente terá enviado aos Mossos d'Esquadra um correio eletrónico informal a pedir dados sobre es-Satty, em 2016.

PUBLICIDADE

Com EFE e Lusa

Um agente da polícia belga teria pedido no ano passado, ainda que informalmente, a um graduado da polícia autónoma da Catalunha, os Mossos d’Esquadra, “toda a informação possível” sobre Abdelbaki es-Satty, considerado como o líder do grupo jiadista que suspeito de responsabilidade pelos ataques de Barcelona e Cambrills, que deixaram 15 mortos, dois dos quais eram duas cidadãs portuguesas.

Segundo os media espanhóis, uma alegada falta de coordenação entre a polícia autónoma catalã e o Corpo Nacional de Polícia (CNP) espanhol, teria permitido que não tivesse sido encontrada pelo membro dos Mossos d’Esquadra toda a informação necessária.

Libre el responsable del locutorio donde se compraron los billetes para el imán de Ripoll https://t.co/rORyNnGYHN

— EFE Noticias (@EFEnoticias) 24 de agosto de 2017

Abdelbaki es-Satty, o imã de Ripoll, teria procurado trabalho na cidade belga de Vilvorde, região da Flandres, em 2016. As autoridades belgas queriam saber se este tinha antecendes criminais em Espanha.

Antecedentes: O imã do narcotráfico

Es-Satty foi preso em 2010, condenado pelo transporte de 12 quilos de haxixe entre Ceuta e a cidade andaluza de Algeciras. Segundo a imprensa espanhola, esta seria a primeira vez que o seu nome aparece nos registos criminais nacionais. A pena de quatro anos foi cumprida numa prisão na cidade valenciana de Castelló de la Plana, onde es-Satty teria feito amizade com Rachid Aglif, condenado a 18 anos de prisão por participação nos atentados de Madrid que deixaram 191 mortos em março de 2004.

Um imã que recrutava jovens para o extremismo

Instalou-se depois na localidade catalã de Vilanova i la Geltrú, onde partilha casa com outro condenado pelos atentados jiadistas de 11 de março de 2004. Terá sido nessa altura que integrou uma célula jiadista, período durante o qual recrutou jovens, antes de tornar-se imã numa das mesquitas da pequena localidade da província de Girona.

Partilhe esta notíciaComentários

Notícias relacionadas

As duas faces do imã Es Satty

Processo de António Costa desce do Supremo para o DCIAP

501 caixões e 200 sacos com cadáveres encontrados abandonados na Argentina