Foi criada uma célula de apoio psicológico para responder às angústias da população local.
Os jovens que cometeram os ataques em Barcelona e Cambrils vieram daqui: de uma pequena localidade catalã, onde um imã marroquino chamado Abdelbaki Es Satty se instalou e iniciou um processo de radicalização com o desfecho que se conhece. Ripoll tem apenas 10 mil habitantes que perguntam agora: como foi possível ninguém se ter apercebido de mudanças em jovens que pareciam integrados na comunidade.
“São rapazes que nasceram aqui ou cresceram aqui. Foram à escola. Alguns deles eram bastante conhecidos porque participavam em atividades organizadas pela câmara. Ninguém reparou em absolutamente nada”, declarava o vice-presidente da autarquia, Miquel Rovira.
A família de Younes Abouyaaqoub, de 22 anos, o condutor do veículo que se precipitou sobre as Ramblas, vive perto do centro de Ripoll. O seu irmão Houssaine foi abatido pela polícia em Cambrils. Ao todo, contam-se 7 irmãos mortos ou detidos.
A comunidade magrebina local viu surgir autocolantes com escritos anti-muçulmanos nos muros da localidade. A câmara tenta detetá-los e tirá-los o mais rapidamente possível. Foi criada uma célula de apoio psicológico para tentar responder às angústias da população.
Os habitantes de Ripoll estão a tentar recompor-se e superar em conjunto o que aconteceu. A câmara convocou, para este sábado, uma manifestação em simultâneo com a de Barcelona, sob o lema ‘Ripoll pela paz, um passo em frente’”.