Homicídio de polícias aumenta no Rio de Janeiro

Foi o centésimo funeral de um polícia militar no Rio de Janeiro este ano. Trata-se do sargento Fábio Cavalcante, um homem de 39 anos, intercetado num dia de folga por um grupo de homens armados quando se preparava para visitar o pai. Foi alvejado múltiplas vezes.
“Ninguém faz nada. A população tem de tomar uma posição. Hoje são os nossos heróis, daqui a pouco é a população que vai estar morrendo”, dizia Rogéria Quaresma, mulher de um polícia.
A situação no Rio de Janeiro é, de longe, a mais grave em todo o país. Na cidade que acolheu recentemente os Jogos Olímpicos, milhares de militares foram mobilizados para reforçar as intervenções policiais face a um aumento da violência.
Segundo Paulo Storani, antigo polícia e especialista em segurança, há “um movimento por parte da criminalidade que não é de agora, sempre aconteceu. Mas estamos a vê-lo em maior grau, maior intensidade, maior número. Há um ânimo do criminoso em tirar a vida do policial”.
No início do mês, uma mega-operação com cerca de 5 mil soldados, tendo como alvo zonas problemáticas do norte e oeste da cidade, resultou na morte de dois civis.