Santiago Maldonado, teria desaparecido durante um protesto pela defesa dos direitos do povo Mapuche.
A violência regressou às ruas da Argentina. Dezenas de milhar de pessoas participaram numa manifestação na capital, Buenos Aires, para apelarem ao governo no sentido de localizar Santiago Maldonado, um ativista dos direitos dos povos indígenas desaparecido na Patagónia há cerca de um mês.
O ativista, Santiago Maldonado, teria desaparecido durante um protesto em prol da defesa dos direitos do povo Mapuche.
“Santiago desapareceu após a violenta repressão sobre a comunidade Mapuche; são as autoridades que têm que responder. Desde o começo que andam à procura de uma pessoa perdida e ele não está perdido. Ele está desaparecido”, disse Andrea Antico, cunhada do ativista.
Segundo testemunhas, o jovem ativista de 28 anos de idade teria sido detido pela polícia fronteiriça depois deste ter cortado uma estrada. Desde então que não teria sido mais visto.
“Estamos aqui para protestar em prol de Santiago Maldonado, um prisioneiro que aparenta estar vivo neste momento da democracia em que vivemos… mesmo apesar de estarmos a viver com um governo oligárquico que tende a recorrer à violência quando não goza do consenso popular”, disse um manifestante que participou na marcha.
O governo liderado pelo presidente argentino Mauricio Macri já ofereceu uma recompensa de $30,000 a quem tenha informações sobre o desaparecimento do ativista.
Estima-se que durante a ditadura militar, entre 1976 e 1983, 30 mil pessoas teriam morrido ou desaparecido durante a chamada “Guerra Suja”.