O Exército de Libertação Nacional (ELN), um dos últimos grupos guerrilheiros ainda em atividade na Colômbia, afirmou ter morto um refém. A revelação pode colocar em causa as negociações de paz entre a ELN e o governo.
O Exército de Libertação Nacional (ELN), um dos últimos grupos guerrilheiros ainda em atividade na Colômbia, afirmou ter morto, em abril, um refém que tinha sequestrado seis meses antes. Arsen Voskanyan foi capturado quando, segundo a guerrilha, recolhia sapos venenosos ameaçados de extinção e se preparava para os contrabandear.
Numa rara entrevista, um comandante da ELN, com o nome de guerra “Yerson”, afirmou que os seus “homens descuidaram-se” e que o refém, quando tentava fugir, “apanhou uma granada e atirou-a” aos guerrilheiros, ferindo “quase toda a unidade”. O refém, um cidadão russo-arménio, acabou por ser abatido.
A revelação pode colocar em causa as negociações de paz entre a ELN e o governo. Os guerrilheiros afirmam estar “prontos para a paz, mas também para a guerra”.
Os sequestros são um dos pontos mais sensíveis das negociações de paz em curso na capital do Equador, Quito. A guerrilha tem recusado parar com os raptos, mas também com os ataques à bomba e com extorsões, algo que é inaceitável para o governo colombiano.