Imigrantes vivem ao ar livre num parque em Bruxelas

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A cerca de três quilómetros das instituições europeias, em Bruxelas, vivem ao ar livre centenas de imigrantes que sonham em chegar ao Reino Unido para ter uma vida melhor. As intervencoes policiais são quase diárias, segundo os voluntários.

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A cerca de três quilómetros das instituições europeias, em Bruxelas, vivem ao ar livre centenas de imigrantes que sonham em chegar ao Reino Unido para ter uma vida melhor.

As intervenções policiais são quase diárias, segundo os voluntários.

“Há muitos casos de imigrantes que viram os seus bens confiscados, incluindo documentos e telemóveis… mas também lhes tiraram coisas oferecidas tais como sacos-cama, mochilas, cobertores e, às vezes, até as próprias roupas”, disse, à euronews, Magali Clerbaux, membro da Cruz Vermelha.

Apesar do pedido de entrevista da euronews, a Polícia belga não aceitou dar declarações sobre este tema.

Não tem a escala da “Selva”, como ficou conhecido o campo na localidade francesa de Calais, e que as autoridades desmantelaram há um ano, mas o Parque Maximilian é mais um exemplo do desafio que o fluxo migratório coloca à União Europeia.

A maioria dos imigrantes no parque partiu de países africanos, nomeadamente do Sudão e da Eritreia.

“Quando começámos a distribuir comida havia, em média, 250 pessoas, mas agora chegamos a distribuir 600 a 650 refeições” explicou o voluntário Yassine Haj Idrissi, fundador da Belgian Kitchen.

O parque fica perto de uma estação de comboios e de autocarros, onde se abrigam, também, alguns imigrantes, mas as organizações humanitárias começam a perder contacto com muitos deles.

“A maioria dos voluntários que ajudam no parque disse-me que, nos últimos dias, por causa da intervenção policial, cada vez mais imigrantes vivem assustados e se dispersam”, acrescenta Nima Ghadakpour, correspondente da euronews em Bruxelas.

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