Portugal sai do "lixo"

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A agência de notação financeira Standard and Poor's (S&P) tirou hoje Portugal do 'lixo'

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A agência de notação financeira Standard and Poor’s (S&P) tirou hoje Portugal do ‘lixo’, revendo em alta o ‘rating’ atribuído à dívida soberana portuguesa de ‘BB+’ para ‘BBB-’, um primeiro nível de investimento.

Com esta revisão em alta para ‘BBB-’, com perspetiva ‘estável’, Portugal volta a ter uma notação de investimento, atribuída por uma das três principais agências de ‘rating’ mundiais.

Desde 2015 que a agência atribuía à dívida soberana portuguesa um rating ‘BB+’, a nota mais elevada de não investimento, com uma perspetiva ‘estável’.

António Costa: “boa notícia”

O primeiro-ministro, António Costa, valorizou hoje a “boa notícia” que é a subida do ‘rating’ de Portugal por parte da Standard and Poor’s (S&P), declarando que esta decisão irá permitir melhores condições de financiamento do país nos mercados.

“Esta notação permite-nos obviamente melhores condições de financiamento”, que têm por intuito final a redução do défice e da dívida, de modo a “de um modo duradouro” ser dada continuidade à política atual sem “riscos de novos recuos”, declarou o chefe do Governo.

O chefe de Governo falava à entrada de uma ação de campanha para as autárquicas do candidato a Lisboa do PS, Fernando Medina, sublinhando que a notícia da S&P “confirma” o “trajeto certo” do país.

Esse trajeto, prosseguiu Costa, visa colocar o país a crescer “de um modo sólido, a criar emprego, a melhorar o rendimento das famílias portuguesas e, sobretudo, a criar e reforçar as condições de confiança dos investidores” internacionais e nacionais.

O primeiro-ministro desvalorizou ainda as declarações desta noite do presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, que assinalou que sem uma “alteração de governo, muito provavelmente essa melhoria [no ‘rating’] teria ocorrido mais rapidamente”.

“É tão verdade como eu dizer que se o governo tivesse mudado mais cedo teríamos saído ainda mais cedo”, disse Costa, enaltecendo a reposição de salários, pensões e rendimentos dos portugueses e a “redução para todos” da carga fiscal.

E prosseguiu: “Conseguimos estes resultados virando a página da austeridade”.

Com esta revisão em alta para ‘BBB-’, com perspetiva ‘estável’, Portugal volta a ter uma notação de investimento, atribuída por uma das três principais agências de ‘rating’ mundiais.

Desde 2012 que a agência atribuía à dívida soberana portuguesa um rating ‘BB+’, a nota mais elevada de não investimento, com uma perspetiva ‘estável’.

Passos Coelho: “uma excelente notícia”

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, classificou hoje como “uma excelente notícia” a decisão da agência de notação financeira Standard and Poor’s (S&P) de retirar Portugal do ‘lixo’, embora considerando que tal podia ter acontecido mais cedo.

“Se não tivéssemos tido uma alteração de governo, muito provavelmente essa melhoria teria ocorrido mais rapidamente”, afirmou Passos Coelho, em declarações aos jornalistas, à margem de um jantar de campanha autárquica em Mafra.

Pedro Passos Coelho salientou que o anterior executivo PSD/CDS-PP “lutou muito” para que esta subida de ‘rating’ acontecesse, mas disse não querer retirar mérito ao atual Governo socialista.

“Tem o mérito de ter conseguido nestes dois anos provar que os receios que os investidores tinham eram infundados porque o Governo acabou por garantir as metas que eram importantes para os que estabelecem o ‘rating’ para o país”, afirmou.

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A notícia da decisão da S&P foi conhecida a meio do discurso do líder do PSD, que falava num jantar de apoio ao candidato do partido à Câmara Municipal de Mafra, Hélder Sousa Silva.

“Vem assim um bocadinho mais tarde do que em circunstâncias normais teria acontecido, mas é indiscutivelmente uma excelente notícia era aquilo que faltava para Portugal neste caminho de recuperação pudesse plenamente receber o investimento graduado”, disse, já depois do discurso, em declarações à comunicação social.

Passos Coelho considerou que, pelo menos desde 2014, o país aguardava esta subida de ‘rating’ e sublinhou que, nessa altura, a própria Standard & Poor chegou a colocar o país numa perspetiva positiva.

Questionado se esta boa notícia torna mais difícil a campanha eleitoral do PSD para as autárquicas, Passos defendeu que em 01 de outubro estarão em causa sobretudo questões locais.

“Quanto à utilização que o Governo vai fazer deste resultado, veremos. Se for consistente com o seu comportamento nestes dois anos, quererá apresentar este resultado como uma derrota do PSD”, alertou, dizendo que o partido se habituou a “uma retórica que não é séria”.

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A agência de notação financeira Standard and Poor’s (S&P) tirou hoje Portugal do ‘lixo’, revendo em alta o ‘rating’ atribuído à dívida soberana portuguesa de ‘BB+’ para ‘BBB-’, um primeiro nível de investimento.

Com esta revisão em alta para ‘BBB-’, com perspetiva ‘estável’, Portugal volta a ter uma notação de investimento, atribuída por uma das três principais agências de ‘rating’ mundiais.

Desde 2015 que a agência atribuía à dívida soberana portuguesa um rating ‘BB+’, a nota mais elevada de não investimento, com uma perspetiva ‘estável’.

Paulo Sá, deputado do PCP: “Portugal não pode estar dependente das agências de ‘rating’”

O deputado do PCP Paulo Sá disse hoje que Portugal não pode estar dependente das agências de ‘rating’ para tomar as opções necessárias para o país e para os portugueses.

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“O PCP entende que Portugal não pode estar dependente das agências de ‘rating’ para tomar as suas opções e deve apostar na produção nacional, na criação de emprego, na melhoria dos serviços públicos, na melhoria em geral das condições de vida dos portugueses, independentemente das classificações que as agências de ‘rating’ entendam atribuir a Portugal”, disse aos jornalistas o parlamentar comunista em Silves, no Algarve.

Paulo Sá reagia assim à decisão da agência de notação financeira Standard and Poor’s (S&P) que tirou hoje Portugal do ‘lixo’, revendo em alta o ‘rating’ atribuído à dívida soberana portuguesa de ‘BB+’ para ‘BBB-’, um primeiro nível de investimento.

Com esta revisão em alta para ‘BBB-’, com perspetiva ‘estável’, Portugal volta a ter uma notação de investimento, atribuída por uma das três principais agências de ‘rating’ mundiais.

Desde 2012 que a agência atribuía à dívida soberana portuguesa um rating ‘BB+’, a nota mais elevada de não investimento, com uma perspetiva ‘estável’.

Paulo Sá frisou que Portugal não pode estar dependente “dos humores ou dos estados de espírito das agências e, muito menos, estar dependente dessas agências e das suas dinâmicas especulativas”.

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“Independentemente das classificações que esta ou outra agência de ‘rating’ venham a atribuir a Portugal, o PCP continuará a bater-se, nomeadamente no próximo Orçamento de Estado, para que Portugal faça opções necessárias para o país e para os portugueses”, concluiu o deputado comunista que está a acompanhar o secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa na apresentação dos candidatos autárquicos do concelho de Silves.

(Lusa)

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