Alerta nuclear da Greenpeace em França

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De  Francisco Marques
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Estudo internacional conclui falhas de segurança nas 19 centrais nucleares francesas; responsável pelo setor na EDF rebate as críticas

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As centrais nucleares francesas estão demasiadamente expostas e representam um risco perante eventuais ataques terroristas. Esta será a mais alarmante conclusão de um relatório redigido por sete especialistas internacionais para o braço francês da Greenpeace.

O estudo demorou cerca de 18 meses, envolveu três investigadores franceses, um alemão, dois britânicos e um americano. O intuito do estudo era o de avaliar o nível de proteção do parque nuclear em França numa época marcada pela escalada do terrorismo no país.

[RAPPORT] “Sécurité des réacteurs nucléaires et des piscines d’entreposage du combustible en France et en Belgique” https://t.co/Ep92Wt464T

— Greenpeace France (@greenpeacefr) 10 de outubro de 2017

O jornal Le Parisien foi o único meio de comunicação a ter acesso ao relatório cuja apresentação foi superficial para que não fossem reveladas informações sensíveis que pudessem vir a ser usadas contra a França.

O objetivo principal será o de alertar os poderes públicos para as falhas de segurança encontradas, nomeadamente nas piscinas de refrigeração, sublinhou Yves Marignac, um dos investigadores às ordens da Greenpeace.

Risque terroriste : des failles dans la sécurité des centrales nucléaires >> https://t.co/bKw6SwLHxspic.twitter.com/nuwLb4NOUt

— Le Parisien Infog (@LeParisienInfog) 10 de outubro de 2017

Uma das empresas responsáveis pelo parque nuclear em França é a EDF, a empresa pública de eletricidade.

Também ao Le Perisien, o responsável pelo setor nuclear da EDF minimizou as críticas. Philippe Sasseigne garante estar “assegurada” a proteção das 19 centrais nucleares francesas através de formação específica dos funcionários internos e das empresas de segurança subcontratadas.

“O pelotão especializado de proteção da ‘gendarmerie’ (guarda nacional), com um efetivo de um milhar de ‘gendarmes’, garante uma presença 24 sobre 24 horas nos complexos das centrais. E isto sem contar com a vigilância do espaço aéreo e das informações garantida pelo Ministério da Defesa”, especificou Sasseigne.

O diretor do parque nuclear da EDF revelou inclusive um investimento suplementar de 700 milhões de euros para segurança a acrescentar ao plano de 50 mil milhões de euros para prolongar a vida das centrais nucleares durante a próxima década.

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