Newsletter Boletim informativo Events Eventos Podcasts Vídeos Africanews
Loader
Encontra-nos
Publicidade

Marine Le Pen diz-se vítima de uma "fatwa" bancária

Marine Le Pen diz-se vítima de uma "fatwa" bancária
Direitos de autor 
De Francisco Marques
Publicado a
Partilhe esta notícia Comentários
Partilhe esta notícia Close Button
Copiar/colar o link embed do vídeo: Copy to clipboard Copied

HSBC e da Societé Generale decidiram fechar de forma unilateral, respetivamente, a conta pessoal da líder da extrema direita francesa e as do partido Frente Nacional

PUBLICIDADE

A francesa Marine Le Pen recorreu a um termo islâmico para a acusar os bancos franceses de a estarem a atacar a ela e ao partido que lidera, a Frente Nacional.

A candidata presidencial francesa, derrotada em maio por Emmanuel Macron, diz estar em curso uma “fatwa bancária” contra o partido da extrema-direita e denuncia “uma decisão política” do banco francês Société Générale em banir a Frente Nacional da sua carteira de clientes.

O que é uma “fatwa”?
É um pronunciamento legal emitido por um especialista em lei religiosa, um clérigo ou um mufiti, sobre um determinado assunto. No ocidente, o termo é usado como sinónimo de uma pena de morte ditada por um clérigo do Islão. O termo tornou-se mais popular no ocidente quando o aiatolá do Irão declarou, no final da década de 80 do século XX, Salman Rushdie como inimigo do Islão e pôs a cabeça do escritor britânico a prémio por causa do livro “Os Versículos Satânicos.”
in, jornal Expresso, de 30 de março de 2016

Em conferência de imprensa realizada esta quarta-feira, Marine Le Pen contou que, “em agosto passado, a Société Générale recusou tratar” o pedido da Frente Nacional e “nem sequer ouvir” o que o partido pretendia. “Banir-nos deste banco, é uma decisão política”, considerou. Acusando “oligarcas financeiros” não identificados de tentarem “abafar a oposição”, a líder da extrema-direita sublinhou que este corte unilateral por parte do banco deixa a Frente Nacional “privada de receitas provenientes de doações ou de adesões [ao movimento], colocando o partido em grandes dificuldades e impedindo o seu normal funcionamento.”

Le Pen revelou também ter recebido de manhã um telefonema do “patrão” do banco britânico HSBC. “Ele anunciou-me o fecho da minha conta pessoal”, disse.

“Vamos apresentar uma queixa por discriminação política. Apelo aos nossos executivos, aos nossos 11 milhões de eleitores e, de uma forma geral, a todos os franceses que defendem a democracia a tirarem [daqui] todas as consequências desta ‘fatwa’ bancária de que somos vítimas”, afirmou Marine Le Pen.

“Nous déposerons plainte pour discrimination politique. J’en appelle à nos cadres, à mes 11 millions d‘électeurs, et plus généralement à tous les Français qui défendent la démocratie, à tirer toutes les conséquences de cette fatwa bancaire dont nous sommes victimes !” #ConfMLP pic.twitter.com/m4oSVSRoyw

— Marine Le Pen (@MLP_officiel) 22 de novembro de 2017

Nenhum dos bancos justificou as respetivas decisões, escusando-se no sigilo bancário que devem aos clientes.

Ir para os atalhos de acessibilidade
Partilhe esta notícia Comentários

Notícias relacionadas

Le Pen arguida na Justiça francesa por difusão de imagens violentas

Governo de François Bayrou cai após perder moção de confiança

França vai processar a plataforma de vídeo Kick após morte de um utilizador