Terroristas matam 235 pessoas em mesquita do Egito

Terroristas matam 235 pessoas em mesquita do Egito
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De  Francisco Marques
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Atacantes deflagraram uma bomba no final das orações de sexta-feira, dispararam sobre os fiéis que fugiam da explosão e fugiram

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Pelo menos 235 pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas após um ataque à bomba seguido de tiroteio na mesquita egípcia de al-Rawda, em Bir al-Abed, perto de Alarixe, capiotal da província Norte do Sinai.

A explosão terá sido provocada por um dispositivo improvisado e coincidiu com as tradicionais orações islâmicas de sexta-feira. Os meios de comunicação locais noticiam que, após a explosão, os atacantes dispararam sobre os civis presentes no local.

Update: at least 235 killed and 109 injured in Rawda mosque attack in Al-Arish: prosecutor general#BreakingNews#Egypt#Sinai#terrorismpic.twitter.com/5gaa2Xb5NR

— Daily News Egypt (@DailyNewsEgypt) 24 de novembro de 2017

O atentado ocorreu numa região onde as autoridades egípcias têm vindo a combater o braço egípcio do “Daesh”, o grupo terrorista autoproclamado Estado Islâmico.

O estado de emergência foi declarado na província Norte do Sinai e o posto fronteiuriço de Rafah, que liga ao país à Faixa de Gaza e que tinha sido aberto recentemente, foi fechado por motivos de segurança.

#UPDATE The blast ripped through a mosque frequented by Sufis in Egypt’s restive North Sinai province https://t.co/9zfiiyyIwdpic.twitter.com/QkUxAE1lHG

— AFP news agency (@AFP) 24 de novembro de 2017

O Presidente egípcio já declarou três dias de luto pelas vítimas. Abdel Fatah al-Sisi também se reuniu de urgência com os altos responsáveis das forças de segurança do país, inclujindos os ministros do Interior e da Defesa, e o diretor dos serviços de segurança, para acompanhar ao pormenor a operação que está a ser conduzida devido a este novo ataque terrorista.

A agência EgyNews referiu que cerca de 50 ambulâncias foram mobilizadas para o local e que os feridos estavam a ser levados para hospitais na região. Algumas das vítimas já terão sido inclusive transportadas para o Instituto Hospitalar Nasser, no Cairo.

O condutor de uma das ambulâncias, citado pela televisão estatal, referiu que os veículos de emergência também foram atacados quando transportavam os feridos. O balanço final de vítimas continua em aberto.

O ataque não foi ainda reivindicado, mas o líder de um grupo beduíno que combate o “daesh” disse à AFP que a mesquita atacada era conhecida como local de encontro de fiéis sufistas, uma extensão mística do Islão considerada herege pelos jiaditas do grupo terorista Estado Islâmico, que tem vindo a atacar nos últimos meses também a comunidade católica copta.

Entre as diversas mensagens de condolências internacionais que têm sido enviadas para o Egito, destaque opara as dos presidentes de Estados unidos e Rússia.

Donald Trump caraterizou o atentado como “um ataque terrorista horrível e cobarde contra fiéis inocentes e indefesos no Egito”. “O mundo não pode tolerar o terrorismo. Temos de os derrotar militarmente e desacreditar a ideologia extremista que baseia a sua existência”, escreveu o chefe da Casa Branca no Twitter.

Horrible and cowardly terrorist attack on innocent and defenseless worshipers in Egypt. The world cannot tolerate terrorism, we must defeat them militarily and discredit the extremist ideology that forms the basis of their existence!

— Donald J. Trump (@realDonaldTrump) 24 de novembro de 2017

Vladimir Putin considerou “o assassinado de civis durante a oração numa mesquita um ato de chocante crueldade e cinismo”. “Esta é mais uma prova de que a moral humana é totalmente estranha para os terroristas”, afirmou o líder do Kremlin, assumindo-se pronto a “reforçar a cooperação com o simpático Egito na luta contra o terrorismo internacional”, lê-se no comunicado publicado na página da presidência russa.

Vladimir Putin has expressed his condolences to President of Egypt Abdel Fattah el-Sisi on the tragic consequences of the terrorist attack on the northern Sinai Peninsula https://t.co/WHDRBL3SxZ

— President of Russia (@KremlinRussia_E) 24 de novembro de 2017

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