Os motivos do atentado em Bir al-Abd

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De  Nelson Pereira
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Quais os objetivos dos terroristas que planearam o atentado em Bir al-Abd. A euronews colocou a questão a dois analistas políticos egípcios

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Que objetivos pretende alcançar um grupo terrorista quando planeia a morte de um elevado número de vítimas civis? A euronews ouviu a opinião do analista político egípcio Beshir Abdel-Fattah, do Centro de Estudos Políticos e Estratégicos Al-Ahram:

“O facto de atacarem civis, revela provavelmente um estado de desorientação. Os grupos terroristas contam com as reações ao atentado. Quando escolhem como alvo lugares de culto durante uma oração coletiva, fazem-no para matar um maior número de civis e talvez para mostrar que o governo egípcio é incapaz de proteger os cidadãos e neutralizar os terroristas.”

O presidente egícpcio Abdel Fatah Al Sissi condenou o ataque e prometeu uma resposta “brutal”.

Bir al-Abd, a localidade onde se encontra a mesquita de al-Rawdah, é maioritariamente habitada por muçulmanos sufistas da etnia “Al-Sawarka”, que tem apoiado o governo na luta contra os jihadistas do ex-grupo Ansar Beit el-Maqdes, que em novembro de 2014 aderiram ao califado do Daesh, lembra o politólogo egípcio Ammar Ali Hassan:

“Este ataque teve também o objetivo de atingir a etnia Sawarka, que tem colaborado com o exército egípcio no combate aos terroristas na Península do Sinai.”

O sufismo, corrente mística e contemplativa do Islão, é considerado herético pelos radicais sunitas do autoproclamado Estado Islâmico, tal como o xiismo. Em janeiro, um dos líderes dos jihadistas locais prometeu erradicar do Sinai os muçulmanos sufistas.

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