Prisão perpétua para responsáveis dos "voos da morte"

Aplausos e festejos na simbólica Praça de Maio.
A justiça argentina condenou, pela primeira vez e com várias sentenças de prisão perpétua, os responsáveis pelos "voos da morte" durante a última ditadura no país. Os prisioneiros, opositores ao regime, eram drogados e lançados dos aviões ao mar e a rios. Segundo as confissões de ex-militares detidos, mais de seis mil pessoas morreram nestes voos.
Na reação à decisão do tribunal:
Taty Almeida membro da Linha Fundadora das Mães da Praça de Maio.
“Ao ouvir perpétua, por exemplo, para dois dos pilotos dos voos da morte, sinto uma mistura de sentimentos. Não sei se a palavra é alegria mas sim, celebramos esta decisão”.
Eduardo Jozami, ativista de direitos humanos
" Na história da Argentina, os voos da morte serão sempre lembrados como uma monstruosidade incomparável. Para nós, é fundamental que esta convição, da maioria dos argentinos, seja ratificada com esta sentença.
Um dos condenados a prisão perpétua por crimes contra a humanidade é Alfredo Astiz conhecido como "o anjo da morte". Astiz pertencia a um centro clandestino de detenção e tortura criado durante o regime.
Com as sentenças desta quarta-feira, chega ao fim o maior julgamento da história da Argentina.