Os confrontos entre palestinianos e israelitas sofreram uma nova escalada esta sexta-feira, depois do Hamas ter apelado à revolta.
Pelo menos um morto e mais de 80 feridos é o balanço provisório do 'Dia de Raiva' pedido pelo Hamas contra Israel e os Estados Unidos. Milhares de palestinianos manifestaram-se contra a decisão do presidente norte-americano, Donald Trump, de reconhecer Jerusalém como a capital de Israel e envolveram-se esta sexta-feira em confrontos com o exército israelita.
O líder dos EUA já se defendeu através da rede social Twitter, argumentando que apenas cumpriu uma promessa de campanha igual à dos seus últimos antecessores na presidência (Barack Obama, George W. Bush e Bill Clinton) e que estes não tinham concretizado.
Enquanto os palestinianos atacavam com pedras e pneus em chamas, os israelitas respondiam com balas de borracha, deixando as equipas de assistência médica sem mãos a medir. Um jornalista ficou inclusivamente ferido nestes confrontos.
Nablus, Ramallah e Gaza foram os principais focos de tensão ao longo de sexta-feira. No entanto, os protestos foram além-fronteiras e também se fizeram ouvir um pouco por todo o mundo árabe, sobretudo no Irão, no Egito e na Jordânia.
O Hamas já apelou a uma nova intifada contra Israel, doze anos depois do fim da última grande revolta palestiniana. Entre 2000 e 2005 milhares de palestinianos e pelo menos mil israelitas perderam a vida em combate.
Agora, paira de novo a incerteza sobre o futuro do processo de paz na região, apesar de a Casa Branca já ter reiterado o seu empenho e compromisso para chegar a um acordo. Contudo, os Estados Unidos estão sob fortes críticas, não somente do mundo árabe e comunidade muçulmana, mas também de diversos aliados.