Personalidade de Hollywood vestem-se com cor do movimento #MeToo em apoio à iniciativa Time's Up, em defesa das vítimas de abusos e assédio sexual na indústria do cinema
Mais do que os prémios, o preto foi a grande estrela na cerimónia dos Globos de Ouro, em apoio do movimento #MeToo, que denuncia o assédio sexual na indústria cinematográfica de Hollywood.
Vestida com a cor do dia, Reese Witherspoon, agradeceu a todas as vítimas "que quebraram o silêncio no último ano, falando nos abusos e assédio". A estrela da série galardoada "Big Little Lies" deixou uma mensagem particular "para os que se sentem silenciados", de que "chegou a altura" de os "ver, ouvir e contar as suas histórias".
A omnipresença de trajes e vestidos pretos constituiu uma ação em apoio da iniciativa Time's Up, lançada por um grupo de 300 atrizes e mulheres influentes de Hollywood, que já reuniu mais de 13 milhões de dólares num fundo de defesa legal para ajudar vítimas de abuso sexual.
Distinguida com o prémio Cecil B. DeMille pela longa carreira, a atriz, apresentadora e produtora Oprah Winfrey afirmou que "durante muito tempo, as mulheres não foram ouvidas ou acreditadas quando ousaram dizer a verdade face ao poder dos homens, mas esse tempo chegou ao fim."
A septuagésima quinta gala dos Globos de Ouro tornou-se, assim, no grande palco da onda de choque desencadeada pelo escândalo Weinstein, que apontou os holofotes para grandes nomes da sétima arte. Uma gala que premiou obras com personagens femininas fortes em todas as principais categorias.