Jean-Claude Juncker avisa que a tensão entre os dois membros pode afetar entrada de mais países da região para o bloco europeu.
O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, disse que a disputa fronteiriça entre a Eslovénia e a Croácia não era apenas um problema entre os dois Estados membros da União Europeia.
"Trata-se de um problema que afeta a totalidade da União", disse Juncker, durante um encontro em Bruxelas com o presidente esloveno, Borut Pahor.
O presidente da CE deixou claro, por outro lado, que a União se encontrava disponível para uma mediação do problema, se tal fosse desejado.
Foi no final de dezembro que a Eslovénia anunciou que tinha a intenção de implementar a decisão resultante da arbitragem internacional, que teve lugar em junho, e que garante a Ljubljana direitos sobre as águas disputadas no Golfo de Piran.
De acordo com as autoridades croatas, grupos de pescadores do país queixaram-se de ter sido intercetados por barcos de patrulha eslovenos, ainda que não tenham sido registados incidentes de maior importância.
Envolvimento de Bruxelas numa possível mediação
A Eslovénia falou, por outro lado, numa nota diplomática enviada à Croácia, no que definiu como "mais de 1400 violações do seu espaço marítimo" levados a cabo pela Croácia, desde junho. No entanto, Zagreb rejeita a decisão do tribunal, com sede nos Países Baixos.
Para Jean-Claude Juncker, uma vez que ambos países, antigos membros da Jugoslávia, são membros da União Europeia, a tensão entre os Estados poderia vir a afetar a entrada de novos países dos Balcãs num futuro próximo.
No encontro com o presidente da CE, o presidente esloveno referiu que apenas tinha a intenção de pedir "mais apoio" e um envolvimento "mais ativo" da parte de Bruxelas, de Juncker e da Comissão, no que à implementação da decisão dos mediadores internacionais diz respeito.