Migrações unem Itália e França

Itália e França reiteraram a adesão aos valores europeus. De regresso da China, o presidente francês, Emmanuel Macron, efetuou uma escala na capital italiana onde foram abordados os temas que preocupam e dividem os governos europeus, em particular a questão migratória.
"Temos de ter a humildade de reconhecer que o problema das migrações não está atrás de nós. A rota do Mediterrâneo Central está mais calma do que no ano passado mas o fenómeno migratório persiste e não devemos nunca esquecer que estamos a falar de homens e mulheres, homens e mulheres que continuam a morrer em África nestas rotas da necessidade, no Sara e no Sahel, assim como no Mediterrâneo, como assistimos nos últimos dias" - sublinhou o presidente de França.
Já o chefe do executivo italiano deixou um aviso: "Fizemos avanços significativos nesta matéria. Ninguém na Europa poderá fugir às suas responsabilidades e dar o seu contributo." O primeiro-ministro italiano, Paolo Gentiloni, fazia referência aos países do centro e do leste europeu que recusam acolher imigrantes e travam um braço de ferro com Bruxelas.
Em 2017 chegaram a Itália 119 mil migrantes, menos 35 por cento que no ano precedente. Esta queda deve-se em parte aos acordos firmados com as autoridades líbias e vários grupos armados, o que é criticado por muitas ONG.