Operação "Ramo de Oliveira" visa milícias curdas das Unidades de Proteção Popular. França quer reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU
Damasco acusa a Turquia de apoiar grupos terroristas com a operação lançada na região fronteiriça de Afrin, no norte da Síria, controlada pelas milícias curdas das Unidades de Proteção Popular (YPG). Uma opinião partilhada pelo Irão, aliado do regime sírio, que apelou ao fim da ofensiva turca.
Na última noite, em suposta retaliação, a localidade fronteiriça curda de Kilis foi visada por vários "rockets". Um residente fala em explosões "bastante fortes", que "rebentaram portas e janelas".
O Exército turco afirmou que a operação, designada "Ramo de Oliveira", permitiu atingir 45 alvos nos raides aéreos realizados este domingo. A ofensiva militar, lançada no sábado, conta com o apoio dos rebeldes do Exército Livre da Síria (FSA) que, segundo um dos seus comandantes, terá disponibilizado 25.000 combatentes.
O ministro turco dos Negócios Estrangeiros afirmou, por seu lado, que os que se opõe à ofensiva em Afrin estão do lado dos "terroristas" - designação usada regularmente por Ancara para as milícias curdas - e serão tratados em conformidade.
Preocupada com a situação, a França afirmou a intenção de convocar uma reunião de urgência do Conselho de Segurança da ONU.