EUA: risco de deportação ao fim de quase 40 anos

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Lukasz Niec é médico há mais de dez anos nos Estados Unidos, onde chegou com apenas 5, vindo da Polónia. Foi preso esta terça-feira pelos Serviços de Imigração e corre risco de deportação para a Polónia.

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Lukasz Niec é médico nos Estados Unidos, onde chegou com 5 anos. Na primeira folga depois de uma semana a trabalhar em vários hospitais, com turnos duplos, foi detido pelos serviços de imigração.

"Em 1979, os nossos pais, ambos médicos, deixaram a Polónia com duas malas e duas crianças. O meu irmão tinha 5 anos, eu seis e vieram tentar dar-nos uma vida melhor", conta Iwona Niec-Villaire, irmã de Lukasz.

Quando tinha 17 anos, Lukasz foi condenado por destruição intencional de propriedade abaixo dos cem dólares. No mesmo ano, é ainda condenado por receptação e ocultação de propriedade de valor inferior a cem dólares. O argumento dos serviços de imigração é a "torpeza moral" de Lukazs.

"Estes delitos foram erros de adolescência, com que se aprende. Ele não pode voltar para a Polónia, um país que não conhece, onde não tem família nenhuma, os nossos pais morreram nos Estados Unidos, ele não conhece lá ninguém, nem saberia onde ir", reforça Iwona.

Em prisão desde que foi detido, Niec não teve nenhuma audiência, mas teve manifestações da comunidade hospitalar onde trabalha, a requerer os serviços do médico nos locais onde é amplamente reconhecido e elogiado.

Um memo da administração Obama em 2011 quanto a deportação dava diretrizes para se avaliarem as relações familiares com cidadãos americanos, educação e contribuição para a comunidade. O registo criminal também devia ser escrutinado, mas delitos menores e muito distantes no tempo não faziam perigar a permanência em território norte-americano.

Com Donald Trump, isso mudou.

Na posse de visto de residência sem restrições desde 1989, Lukazs considerou pedir cidadania quando se casou, em 2006. A agenda apertada, quer dele quer da mulher, enfermeira, não permitiu.

A segurança sentida também pesou, mas insegurança é o que têm, agora, mais de 800 mil indocumentados chegados aos Estados Unidos enquanto crianças.

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